30/12/2015

Justin Bieber P.O.V

Eu fui o pior filho da puta com ela, mas ela não tinha esse direito. Ela não tinha o direito de transar comigo e depois estar agarrada com o meu amigo no lugar onde transamos. Puta que pariu, Chaz era um falso do caralho. Como eu pudê continuar falando com ele mesmo depois dele ter pegado ela? Eu sentia uma raiva imensa dos dois. Me sentia traído.

Recolhi minha carteira e meu celular e quando ia sair os dois saíram desesperados do quarto.

-Justin, cara, você entendeu tudo errado. -Chaz disse. Olhei pra ele e ri.
-Eu entendi errado? Por favor, né Chaz. Você estava beijando minha ex namorada e eu estou errado?
-Exatamente. Ex namorado, vulgo a qual você transou e depois humilhou.
-Mia, não complica. -Chaz disse olhando pra ela, apavorado. 
-Que se dane vocês dois. -Virei de costa.
-Você não tem o direito de ficar com raiva dele. -Mia gritou.
-Você também não teria motivos pra ficar com raiva de mim caso eu agarrasse uma amiga sua. -Disse e ela abaixou o olhar. -Que se foda vocês dois. Quer saber? Vocês dois se merecem. São dois traíras.

Bati a porta e sai de lá. Quando entrei dentro do elevador senti meus olhos marejarem e logo encostei minha cabeça no espelho. Quando a porta abriu eu levantei minha cabeça e saí dali, me lembrando do que eu tinha dito sobre ela ontem. Eu fui um maldito filho da puta em dizer na frente de todo mundo que ela só servia pra umas trapadas.

Mia serve pra tantas coisas.

Entrei no meu carro e respirei fundo. Quando ia sair dali, ela entrou na frente do carro. Eu quase atropelei essa maldita.

-VOCÊ TÁ LOUCA?
-VOCÊ VAI ME ESCUTAR. 
-SAI. 
-NÃO VOU.
-SAI.
-ME OBRIGA.

Sai do carro, e quando ia na direção dela. Mia me empurrou na parede com toda a sua força e me segurou pela gola da camiseta me impedindo de sair de lá.

-Você vai me escutar. -Ela disse e eu fuzilei ela com o olhar.
-Fala logo.
-Você acha que tem o direito de transar comigo e depois me ignorar? Acha que tem o direito de me humilhar na frente de todos os meus amigos e dizer que eu só sirvo pra transar? -Seus olhos já marejavam.
-Caralho, Mirela. Eu estava nervoso!
-E você tinha que me ignorar? Tinha que falar tudo aquilo na frente de todos?
-Eu confesso que disse aquilo pra você se afastar de mim. Eu transei com você mas me arrependi disso. Eu estava te ignorando porque queria que você esquecesse o que aconteceu entre nós dois. -Ela abaixou o olhar e algumas lágrimas caíram- Eu queria que você me odiasse e voltasse a me ignorar. Ai iria ser mais fácil!
-E não era mais fácil chegar em mim e dizer que não queria nada comigo, realmente? Que você só transou comigo por tesão e que se arrependeu? Não era mais fácil? Você tinha que me humilhar? -Ela disse me olhando. Seus olhos inundados de lágrimas denunciava meu erro.
-Seria difícil pra mim chegar em você e dizer tudo isso, Mirela. Porque eu te amo.
-Então você procurou o mais fácil pra você e deixou o mais difícil pra mim. -Ela disse sorrindo sem humor. E logo me soltando- Amar não é isso, Justin. Sinto em te dizer. Amar é estar sempre com a pessoa, não deixar ela se machucar nunca.
-Eu só não iria conseguir.
-Você não tinha o direito de dizer aquelas coisas. De acabar com a minha noite. Eu estava bem, você me obrigou a entrar no seu carro. Você me fodeu -abaixei o olhar- você me fodeu inteira Justin, e não foi só literalmente. Você fodeu meu coração. Você me fez ter uma noite incrível e em seguida dias ruins. 
-Eu não tenho o que falar, desculpa...
-Você já notou que nunca tem nada o que falar? Que saco, Justin. -Ela disse e limpou algumas lágrimas- Era só assumir a verdade.
-Eu sou fraco, caralho. -Disse começando a chorar- Eu queria que você se afastasse porque sei que eu e você junto não damos certo, que somos tóxicos um para o outro. Você estava bem, Mia, e eu queria que você continuasse bem, mas sem mim. Eu não te faço bem, você não percebeu isso ainda?
-Você me faz bem, Justin. -Disse segurando as laterais de meu rosto. -Puta que pariu! Você me faz tão bem, como ninguém nunca fez. 
-Eu só te faço chorar... -Neguei olhando pra baixo.
-Olha pra mim. -Olhei-  Você me faz chorar, sim, Justin. Mas a gente se ama e é tudo isso que importa. -Ela disse e eu respirei fundo.

Mia me olhou e respirou fundo, percebendo que não tinha me feito acreditar nisso. Eu nunca acreditaria que eu faço bem pra ela, tudo que eu fiz por ela, foi fazer ela chorar desde que eu voltei. Eu não queria ser egoísta e ficar com ela, privar ela de conhecer uma pessoa especial e talvez Chaz fosse essa pessoa.

-Talvez Chaz é a pessoa que vai te fazer sorrir, e tirar esse amor que você sente por mim.
-Chaz é meu melhor amigo, Justin. Eu não sinto mais nada por ele se não for amor de amigo.
-Não pareceu isso no quarto. -Ela deu uma risadinha.
-Nós somos amigos... 
-Amigos que se pegam, também quero ter uma amizade dessa. -Disse irônico.
-Você pode ter... Mas ao contrário...
-Como assim?
-Você pode ter uma namorada, de novo... -Ela disse e olhou pra baixo parecendo envergonhada.
-Você está me pedindo em namoro? -Ela olhou pra mim.
-Se você aceitar, eu estou te pedindo em namoro. Se você não aceitar, eu não estou. -Disse e eu ri.
-Então você está me pedindo em namoro.
-Sério? -Ela disse me olhando com os olhos arregalados.
-Sério!
-Isso quer dizer que... -Ela segurou meus braços.
-Que eu aceito tentar novamente. Que eu aceito me embarcar nessa loucura com você, que eu aceito me entregar novamente, que eu aceito dar novamente uma chance pro meu coração. -Ela estava com os olhos brilhando e tinha um sorriso enorme no rosto. Era tão bom vê-la assim. -Que eu aceito namorar com você. -Disse as ultimas palavras bem baixinho.
-Eu te amo, tanto. -Ela disse e pulou no meu colo.
-Agora vem, quero te levar pra um lugar.
-Que lugar, Justin?
-Um lugar, onde esteja só eu e você.
-Eu posso pelo menos me trocar? -Disse olhando minhas roupas.
-Esqueci de dizer, mas você está linda. Sempre esteve mas hoje você está muito mais. -Disse com sinceridade- Não precisa trocar de roupa, você está ótima assim.


Mirela olhou pra mim e corou, abrindo um pequeno sorriso. Prensei-a na parede e passei meus braços por sua cintura, Mirela passou por minha nuca e colamos nossos lábios. Senti a sua lingua preguiçosamente adentrar minha boca, ela deu um sorriso no meio do beijo. Virei minha cabeça pro lado oposto e agarrei sua nuca com força, puxando todos os cabelos dali. Mia abriu a boca com mais agilidade e o beijo que era calmo e romântico agora passava pra um tom desesperador e com muito, muito desejo. Apertei sua bunda e ela sorriu, desgrudando nossos lábios.

-Eu acho que temos que ir, né?
-Na verdade não temos. -Voltei a colar nossos lábios mas ela me soltou.
-Você disse que iriamos sair, agora eu estou curiosa.

Mia beijou o espaço do meus queixo com a boca e mordeu, em seguida. Ela entrou no carro e eu sorri, com o meu maior sorriso malicioso. Não podia acreditar que eu tinha minha garota novamente.

Enquanto dirigia até o local desejado, minha segunda mão estava na perna de Mia, acariciando aquele local e as vezes dando alguns apertos. Ela estava com os pés no painel e cantarolava Daylight do Maroon 5. Eu olhava pra Mia e sorria, não acreditando que ela era minha de novo. 

Dá pra acreditar o quão louca a vida é? Ontem a gente acordou juntos, eu a ignorei, em seguida veio a noite onde eu a humilhei na frente de todos, em seguida veio essa manhã onde tivemos uma pequena discussão e nessa mesma manhã foi a cuja que voltamos. A vida é louca pra caralho. Mas foda-se, eu só quero aproveitar com a minha garota.

-Justin? -Mia me chamou, olhei-a. 
-Sim?
-Você pensa em ter filhos comigo? -Sorri com esse pensamento- Não agora, mas talvez em um futuro mais próximo.
-Posso te contar uma coisa? -Ela assentiu rapidamente- Eu já pensava em ter filhos com você desde quando eu achava que você era minha irmã e que estávamos vivendo um incesto. -Ela abriu um sorriso enorme- E quer saber, Mia? Eu não me importaria se você ficasse grávida agora. -Ela arregalou os olhos- Eu sei que é seu sonho terminar a faculdade primeiro, mas caso acontecesse de você engravidar, eu não te abandonaria nessa. Eu iria amar essa ideia. -Disse sorrindo, mas com os olhos na estrada.
-É sério? -Olhei-a por alguns instantes. Ela estava sorrindo feito boba, e ao mesmo tempo com uma feição assustada.
-Sim, talvez eu nunca tenha dito algo tão sério. -Ela disse e sorriu, assentindo. Olhando a estrada e corando. -E você, pensa em ter filhos comigo?
-Não vou mentir, no começo quando começamos a ficar, eu não pensava em ter filhos com você, porque além de ser nova pra pensar nisso eu achava que a vida era uma grande diversão sem fim. Eu achei que nunca daríamos certo pelo fato de sermos irmãos. -Assenti- Mas agora, Justin... Tudo que eu mais quero é me formar na faculdade e formar uma família com você.
-Quantos filhos podemos ter?
-Por mim podemos ter três.
-Eu queria ter cinco, ou seis.
-Quê? -Ela disse rindo.-Tá louco?
-Eu to falando sério. -Disse rindo e ela assentiu.
-Justin? -Olhei-a- Você acha que deveríamos visitar nossos pais?
-Eu pensei nisso a madrugada inteira. Apesar do que eles fizeram Mia, eles foram bons pra mim. Eles cuidaram de nós dois e só tentaram nos afastar porque deve ser muito difícil pra ele, dois filhos envolvidos. Nós nunca pensamos em como eles ficaram, só pensamos em nós dois.
-Eles me colocam pra fora de casa, Justin. Mesmo sabendo que eu não tinha pra onde correr. Mesmo sabendo que eu não tinha lugar pra ficar. Eles não se importaram comigo nem um pouco.
-Eu acho que devemos perdoa-los. -Ela assentiu.
-Eu também acho.
-Não devemos guardar rancor das pessoas que cuidaram da gente, que nos deu educação e que principalmente, nos juntou e nos mostrou o que é amor. 

Mia sorriu pra mim e logo quando cheguei no local desejado ela sorriu pra mim. Ela gostou de estar na praia, apenas nós dois. 

Era cedo e era uma praia que quase ninguém frequentava. Demos as mãos e fomos em direção a beira do mar. Nos sentamos lá e ficamos batendo papos aleatórios até a louca da Mirela levar e começar tirar a roupa ficando apenas de lingerie. Eu ri dela quando ela correu pro mar, logo se virando e me chamando com a mão. Me despi na mesma agilidade que ela e corri em sua direção, a pegando no colo e rodando.

Mirela era minha irmã, ou pelo menos acreditávamos nisso. Vivíamos um desejo louco, consumido pelo nosso corpo, uma necessidade em estarmos perto um do outro. Viviamos sem medo da merda que daria no final. O final foi o melhor. O final não foi quando eu forjei minha morte. O final, ou talvez até mesmo o começo desse final era eu e Mia, correndo que nem loucos nessa praia. Sem medo de amar, sem medo de se arrepender. Sem medo de dar errado. Porque a vida é assim, se tivermos medo, nunca vamos conseguir ser felizes e superar nossos medos. É passando pelo medo que você o supera.

Dava pra acreditar em tudo isso? Parecia tudo um sonho, e se fosse mesmo um sonho... Eu não queria acordar, nunca mais.

15/08/2015

Sobreviventes -02- Não Deixar Se Aproximar

Toronto-Canada.
Kaya Wayne P.O.V
Eu ainda podia sentir o peso da sua mão desferindo um tapa em meu rosto, eu ainda podia sentir cada vez em que eu sentia meu corpo queimar. Eu tinha vontade de chorar, mas eu não podia mostrar a ele que eu era uma garota ingenua, eu não podia mostrar pra ele que eu queria chorar. 

Ele andou em passos lentos até mim e deu um sorriso maldoso levantando consigo sua mão que carregava um cigarro, eu senti novamente meu pesadelo voltando, eu não queria passar por aquilo de novo.

Levantei assustada sentindo meu suor que escorria da minha testa pingar na minha roupa. Eu tinha novamente um pesadelo com aquele monstro. 

Respirei fundo e me levantei, olhei as horas e vi que marcavam oito e trinta e cinco da noite. Desci as escadas correndo e vi vovó fazendo o jantar. Ela com certeza tinha a melhor comida do mundo.

-Vó? -Disse.
-Sim querida? Está com fome? -Assenti- O jantar esta quase pronto. -Apenas assenti e subi de volta.

Entrei no meu quarto e fui em direção ao banheiro, me despi tirando o shorts de moletom preto e a regata. Tomei um banho rápido, penteei meus cabelos e em seguida sequei os mesmo, depois que terminei de arrumar meu cabelo vesti uma lingerie branca, uma regata preta, minha calça jeans surrada preta e meu velho coturno, e em seguida vesti meu velho casaco pesado.

Desci as escadas e minha vó jantava, me juntei a ela e comemos em silêncio. Nós nunca trocávamos muitas palavras, sabia que minha vó gostava muito de mim mas evitava falar comigo as vezes, talvez sabendo que eu não gostava de trocar muitas palavras. E eu preferia mil vezes assim.

Enfiei minhas mãos no bolço do meu casaco antes de sair de casa. Atravessei a rua e Isaac estava parado ali me encarando, fui na direção dele e ele abriu a porta do carro pra mim entrar, revirei os olhos achando aquilo desnecéssario.

-Pra onde vamos? -Encarei ele.
-Pra minha casa.
-E seus pais?
-Saíram. -Disse seco. Dei de ombros.

Isaac sempre me ignorou e eu nunca entendi o porquê, ele sempre foi muito duro comigo mas não acha que isso me afetava, eu estava pouco me fodendo porque enquanto ele estava tentando ser rude comigo eu já tinha sido dez vezes com ele. 

Assim que chegamos na sua casa, eu desci do carro e sem dizer nada abri a porta da casa dele vendo que Brandon e Hinet praticamente se comiam ali. 

-Já podem parar com a putaria porque meus olhos não são obrigados a ver tanta bosta. -Disse fazendo uma voz grossa.

Eles se separaram rapidamente e Hinet colocou a mão contra o peito tombando a cabeça pra trás. Isaac e eu começamos a gargalhar sem parar com o desespero dos dois, enquanto Brandon me fuzilava.

-Sua puta do caralho, que susto. -Disse Brandon.
-Tava com medinho, é? -Disse debochada. 
-Eu nunca vou te perdoar por isso. -Disse Hinet.
-Perdi algo? -Disse Mason.
-Só Hinet e Brandon se cagando de medo dos pais do Isaac chegar.
-Relaxa, aqueles velhos só voltam amanhã. -Disse Isaac.

Isaac ligou o som e conectou com seu celular, as musicas de rock pesado começaram a rolar e eu encostei minha cabeça sobre o sofá vendo que Isaac enrolava o back pra mim. Tomei da sua mão e acendi o mesmo enquanto tragava meu cigarro de maconha, era a melhor coisa do mundo. 

-Isaac? -O chamei e ele olhou pra mim- Você tem cocaína? 
-Sim. -Disse e virou a cabeça pro outro lado- Você vai querer? -Assenti.

Ele arrumou as fileiras de pó em cima da mesa e quando eu terminei de fumar meu baseado eu me inclinei pra frente vendo que Isaac olhava pra mim, enrolei uma nota de dez dólares que tinha no bolço e com a ajuda dele eu aspirei todo aquele pó pra dentro do meu nariz. Senti uma cosseira nele na hora que eu cheirei aquelas carreiras, limpei meu nariz que estava com resíduos de pó e tombei minha cabeça pra trás. 


-Você faz isso tão bem. -Disse Hinet.
-Anos fazendo isso. -Disse piscando.
-Não sei como não tem uma overdose. -Disse Isaac, rude.
-Porque diferente de você, Isaac, eu sei apreciar, eu sei o meu limite. -Disse rude- Seu babaca. 
-Babaca é você sua vadiazin... -Antes dele terminar de falar eu desferi um soco no seu olho, ele colocou a mão ali enquanto gemia de dor.
-Me chama de vadia de novo e eu acabo com a sua vida. -Disse nervosa.

Levantei do sofá rapidamente e sai da casa de Isaac, bati a porta com toda minha força. Coloquei meus fones no ouvido e coloquei Russian Roulette, não era muito de curtir musicas Pop mas eu amava algumas musicas da Rihanna, algumas. Enquanto andava batendo meu coturno com força no chão eu me lembrei de quando dei um soco na cara de Isaac, eu e ele nunca fomos de nos dar bem, claro, mas eu nunca cheguei a bater nele. Mas eu perdi a cabeça a partir do momento que ele me chamou de vadia, e eu ainda estou drogada e isso não ajudou muito. Eu nunca admiti ninguém me chamar de vadia, ele não seria essa pessoa. 

As vezes eu não entendia muito bem a marcação que ele tinha comigo, mas eu sempre deixei isso quieto até porque pra mim Isaac nunca fedeu nem cheirou, mas agora ele tinha arrumado uma boa inimiga.

Cocei meus olhos sentindo a irritação neles, me joguei na primeira calçada que eu vi e encostei minha cabeça sobre a parede, eu não podia voltar pra casa agora, ela saberia que eu estaria drogada e não ficaria muito feliz, e a ultima coisa que eu queria no momento era problemas com a minha vó. Ela já tinha que aguentar meu mal-humor por obrigação, não queria que aguentasse eu drogada também.

Ouvi passos se aproximar e olhei na direção dos passos e vi Mason, ele sorriu e se sentou do meu lado. Tirou um maço de cigarro e me estendeu, peguei o mesmo e coloquei sobre a boca, ele acendeu pra mim e eu agradeci mentalmente por isso, estava precisando.

-Isaac pegou pesado, ele não deveria ter te chamado de vadia.
-Ele não deveria nem ter se referido a mim, ele sabe que eu não vou com a cara dele.
-As vezes eu acho que ele gosta de você. -Ele disse e eu gargalhei.
-Ta louco? -Disse, ainda rindo- Aquele garoto me odeia.
-Já ouviu que o ódio e o amor andam juntos?
-O que...
-Sim, eu tenho certeza que ele curte você, não só pela forma que ele te olha mas também pela forma que ele te trata.
-E o que que tem a forma que ele me trata?
-Quando um garoto não quer se apaixonar e isso acontece, ele costuma tratar a garota mal.
-Acho que não...
-Eu tenho certeza.
-Foda-se, e quer saber? Se ele gosta ou não, azar é o dele, porque eu nunca vou sentir nada por ele, nem por ele e nem por ninguém.

Mason deu risada e voltou a fumar seu baseado, o acompanhei. 

[...]

Depois de Mason me deixar na porta de casa (o que eu achei totalmente desnecessário), eu entrei e a sala estava um silêncio. Subi pro meu quarto e entrei dentro do mesmo, peguei meu celular que estava jogado em cima da cama e vi que era 00:00, nem eu mesmo acreditei que cheguei tão cedo hoje. 

Me joguei na minha cama e tirei meu coturno com meus próprios pés, coloquei meus pés sobre a cama e liguei meu celular, coloquei meus fones de ouvido e fiquei mexendo no meu twitter, eu quase nunca mexia em rede social, até porque a unica que eu tinha era Twitter mas eu só entrava quando não tinha nada pra fazer.

-Kaya? -Escutei a voz da minha vó.
-O que? -Disse olhando pra porta mesmo que ela não estivesse ali.
-Nada, só ouvi o barulho. Chegou cedo.
-Pois é. -Resmunguei.
-Boa noite, Kaya.
-Boa noite, vó.

Quando ouvi passos se distanciarem eu respirei fundo. Me levantei e fui em direção ao guarda-roupa, vi um porta-retrato ali e peguei o mesmo respirando pesadamente e falha, agora. Katia tinha um sorriso ali na foto, seus cabelos estavam ainda compridos com uma cor de um castanho escuro. Senti um meio sorriso nascer nos meus lábios quando eu me lembrei dela cuidando de mim, ela tinha sido a melhor mãe do mundo e morreu de uma forma tão cruel.

Coloquei o porta-retrato ali e me deitei de volta na cama, fiquei pensando como estaria ela hoje em dia se estivesse viva, como seria sua aparência e como estaria a minha vida se ela continuasse viva.

Tratei de dispensar todos aqueles pensamentos, ela estava morta, ela não estava aqui e jamais voltaria e eu apenas tinha que aceitar esse fato, pode parecer rude mas eu não queria me iludir, não queria ficar chorando por causa disso. Já passou o tempo do meu luto, já passou o tempo que eu chorei por ela não estar aqui. Eu tinha me vingado de sua morte.

Me levantei da cama, calcei meu coturno e desci novamente. Bati a porta não tão forte e sai andando, e passei em frente a uma casa onde estava tendo uma festa, algumas pessoas estavam jogadas no quintal de tão bêbadas, esperai... esse pessoal é da escola. Dei uma risada debochada e passei direto, senti um puxão no meu braço e eu gritei de ódio, eu simplesmente tinha ódio de quando uma pessoa puxava meu braço. Virei pra trás e vi Bieber me encarando com um sorriso.

-Seu filho da puta, me puxa desse jeito e eu não vou poupar minha mão na tua cara.
-Desculpa ai, louquinha.
-Me chama de louca de novo e eu te soco, Bieber! Você já encheu meu saco demais.
-Ta tudo bem, desculpa. -Disse rindo- Por que você não entra? ta tendo uma festa.
-Eu? -Disse dando uma risada debochada- Eu tenho cara de quem entra em festa de gente mauricinhos da escola, Justin? -Disse revirando os olhos.
-Qual é? É do Chaz.
-Eu tenho festas melhores, onde rola coisa muito melhor do que ai.
-A é? Tipo o que?
-Droga. -Justin me olhou assustado e eu gargalhei.
-Você não me assusta!
-Ah não? -Ele negou com o nariz empinado.
-Eu não tenho medo de você, Kay! Eu não esqueci quando eramos melhores amigos.
-Isso foi quando eramos da quinta série. Para de encher minha paciência garoto. Não é de hoje que você ta me enchendo o saco. Por que não volta pra bosta do seu mundinho super-legal e me deixa em paz de uma vez? Ou eu vou ser obrigada a quebrar seu nariz pra que você se afaste de mim? -Justin respirou fundo.


Respirei fundo, me sentindo melhor agora. Agora eu sabia que Justin pelo menos iria embora da minha vida de uma vez, não que ele realmente tenha entrado porque entrar na minha vida é uma das coisas mais impossíveis. Mas pelo menos agora ele não seria capaz de cruzar meu caminho novamente.

Entrei em casa e me sentei na janela, puxei o maço do meu cigarro e logo acendi um. Coloquei meu cigarro na boca e logo comecei a tragar o mesmo. Me sentindo bem enquanto a brisa do vento batia contra meu rosto. Fechei meus olhos e encostei minha cabeça na janela, escutando o caos que era Los Angeles. Escutei meu celular tocar e puxei o mesmo do meu bolso, vi que era Isaac. Me lembrei da noite passada e desliguei o celular. Não queria falar com ele, nem com Mason, nem com ninguém.

-Kaya? -Ouvi a voz da minha vó.
-Estou em casa, vó.
-Boa noite, querida.

♀♀

Entrei na sala e a professora abriu um pequeno sorriso pra mim, e eu desviei o olhar. Me sentei em na cadeira e logo vi um ser loiro sentar ao meu lado. E eu achando que o filho da mãe não cruzaria mais meu caminho.

-Bom dia, princesa de preto. -Ele disse e eu olhei pra ele.
-Princesa de preto? -Disse e ele assentiu rindo- Fala isso de novo e eu soco a sua cara.
-Tudo bem, Kay. -Disse e eu olhei pra ele. Como esse garoto poderia ser tão irritante?
-Você fez curso pra ser chato desse jeito?
-Olha, a unica chata aqui é você... Eu até tento me aproximar sabe mas a princesinha de preto não deixa.
-Não me chama assim mais uma vez. -Disse e ele riu- Por que você quer tanto se aproximar de mim?
-Porque eu gosto da sua presença, Kaya. Mesmo você odiando a minha.
-Ainda bem que você sabe.
-Bieber e Wayne, tem algo que queiram compartilhar com a sala?

A sala toda uivou parecendo um bando de cachorro no ciu e eu fuzilei cada um deles. Olhei pra professora com ódio e ela continuava dando a sua aula. Olhei pra Justin e ele fingiu estar prestando atenção na sala e eu prendi a risada quando ele fez uma careta. Justin era chato, irritante, folgado, metido e... Eu já falei chato? Mas mesmo que eu quisesse o filho da mãe não me deixaria em paz, eu tentaria o afastar até porque não queria Justin na minha vida de forma alguma. Não quero ele nem lá, nem cá, não quero ele perto de mim. Vai ser muito melhor se ele se afastar.

Eu faria de tudo pra que Justin Bieber não soubesse nada sobre mim. 


Se ele está achando legal "tentar" descobrir o mistério que vivia em mim. Que mistério? O quanto minha vida foi diferente? O quanto eu sofri enquanto ele vivia sobre luxuria? 

Justin Bieber nunca saberia nada sobre mim, e eu nunca deixaria-o se aproximar. 


Oi meus amores, me perdoem pela demora <3
Espero que estejam gostando, comentem por favor ♥

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Bye ♥

29/07/2015

Sobreviventes -Prologo.

Encostei-me sobre o armário e abaixei minha cabeça sentindo meus olhos marejarem ao lembrar das palavras dela proferida no dia anterior. Levantei o olhar antes de respirar fundo. Escutei barulho de passos no corredor e vi ela ali, seus olhos pintados de preto, suas roupas pretas e sua feição de raiva entregava o quanto ela era fria. Sempre tive vontade de me aproximar dela mas quando isso aconteceu foi a pior coisa que poderia ter acontecido, era pra mim ajudar ela... eu queria conhece-lá e fazer amizade com ela, mas tudo mudou de rumo quando eu tive a burrice de envolver sentimentos aonde não deveria. Eu sabia que talvez ela nunca me amaria, sabia que o coração dela estaria sempre fechado pra cara babaca como eu, mas o que custa tentar? Se eu não conseguisse eu pelo menos ficaria feliz em dizer que eu tentei. 

Ela era o tipo de garota que eu nunca trocaria, o tipo de garota que eu nunca abandonaria, ela era o tipo de garota que até homens tem medo de se aproximar mas eu sou diferente, sou diferente a ponto de ir atrás dela.

Eu faria tudo, nem que se eu tivesse que implorar aos pés dela.

Sorri fraco ao ver ela ir em direção de uma garota que falava dela de punhos fechados. Sorri de canto e sabia que era a hora de ir impedir ela de fazer besteira... Mesmo que ela me tratasse com diferença e ignorância como sempre, eu iria lá...

Impedir a minha garota de ir mais uma vez pra detenção, ou melhor... Impedir a garota que ainda seria minha de ir para a detenção mais uma vez.

-Nós somos sobreviventes a toda essa dor 

22/07/2015

Sobreviventes -「01」- Ser Deixada?



Toronto-Canada.

Kaya Wayne P.O.V

Traguei meu cigarro pela ultima vez antes de joga-ló no chão e pisar em cima do mesmo. Olhei pra Mason e ele ria sem parar por nada, com um cigarro na mão direita e um copo de vodka na outra. Meu olhar percorreu ao seu lado onde permanecia Isaac com um cigarro na mão tragando o mesmo, no chão tinha uma lata de cerveja perto do pé dele e ele me olhava como se estivesse me analisando. 

Me levantei e bati na cabeça de Isaac, essa era a minha forma de dizer tchau pra ele depois de estarmos muito chapado. Sai dali sem me importar em dizer tchau pra Mason, ele estava chapado demais pra retribuir. Olhei meu relógio de pulso e revirei os olhos ao ver que marcava cinco da manhã. 

Arrumei meu casaco pesado em meu corpo enquanto andava até minha casa. Quando cheguei em frente a pequena casa simples, fechei a porteira do jardim e em seguida segui pra porta da minha casa, abri a mesma e assim que entrei tirei meu gorro que já me incomodava. A casa estava em um completo silêncio e toda apagada, em silêncio subi pro meu quarto e assim que entrei no quarto preto com um poster do Oliver Sykes. Meu cantor favorito. 

Entrei no banheiro sentindo minha cabeça latejar e me despi rapidamente, fiz um coque no meu cabelo e entrei de baixo da ducha. Tomei um banho rápido, apenas pra tirar o cheiro de nicotina do meu corpo e assim que sai me enrolei na toalha. Segui pro meu quarto abrindo meu guarda-roupa e retirando de lá uma lingerie preta normal, peguei uma calça de couro preta, uma blusa de mangas longas preta, um gorro preto e minha botas preta e média. 

Peguei meu lápis de olho logo contornando o mesmo com um preto bem forte tentando esconder minhas olheiras profundas e meu olho avermelhado. Olhei meu relogio vendo que marcava seis e vinte e cinco e bufei mais uma vez, atrasada. 

Porém, foda-se.

Calmamente eu peguei minha bolça e desci pra cozinha. Amelia, minha vó, preparava um café e eu me sentei sem falar com ela. Enchi a xícara de café e comi apenas uma torrada, escovei meus dentes e em seguida desci novamente. Acenei pra minha vó e sai de casa sentindo o vento forte no meu rosto me fazendo revirar os olhos.

Sério mesmo que eu vou ter que aguentar tudo mais uma vez? Vadias mimadas, um bando de idiota que acha que é o fodão da escola mas nunca se drogou na vida e gente nerd e idiota. Isso ficava cada vez pior.

Meus lábios se abriram em um pequeno e sugestivo sorriso maldoso e eu entrei na escola vendo-a totalmente vazia. Me sentei em um banco perto da minha sala e coloquei meus fones esperando dar o horário da minha segunda aula. 

Já que a primeira eu sempre perdia.

Quando o sino tocou eu rapidamente peguei minha bolça e entrei na sala sentindo olhares sobre mim, principalmente de Bieber e sua turminha de idiotas. Espero que eles queimem no fogo do inferno. Me sentei na ultima cadeira sentindo todos olhares da sala pra mim. Era segunda-feira e tinha duas aulas seguidas da professora mais chata, rabugenta, feia e sem sexo da escola. Matemática. Olhei pra ela com um sorriso maldoso e vi Britney revirar os olhos.

-Algum problema vadia patética? -Disse a olhando.

Ela trincou o dente e olhou pra frente, Bieber me olhou e deu uma risadinha me fazendo mandar o dedo do meio pra ele.

-E você? ta sorrindo por que? Eu acho que ainda não virei dentista. 

Mais uma vez a turma toda caiu na gargalhada e Bieber trincou o maxilar olhando pra frente. A professora também me olhava e eu revirei os olhos gargalhando alto e tomando todo o olhar da turma pra mim, como sempre.

-Algum problema professorinha linda? -Disse irônica.
-Todos! Você não tem permissão pra entrar na segunda aula, você perdeu a primeira e tem que perder a segunda também.
-Qual é velha, eu tenho todo o direito de entrar na aula que eu quiser, sempre entrei na segunda aula e não é você quem vai me fazer mudar isso. -Disse piscando e ela bufou.
-Sem gracinhas senhorita Wayne. -Disse me fazendo rir sarcástica e assentir.

Joguei meus pés com força na cadeira a frente fazendo um barulho e enfiei os fones de ouvido no mesmo, coloquei no ultimo volume fazendo o mesmo estourar enquanto ouvia meus maravilhoso, Oliver.

Depois de todas as aulas eu finalmente joguei a mochila nas minha costa e sai andando, esbarrava nas pessoas, não pedia desculpa e nem mesmo desviava. Desvia quem quiser, é levado quem também quer.

Senti um puxão no meu braço e eu fechei o punho pronta pra socar a cara de quem puxou meu braço dessa forma. Vi que era a Diretora que estava meio perdida em meio aquela multidão.

-Me siga, por favor.

Bufei e caminhei atrás dela, quando entramos na sala da diretoria eu me sentei na cadeira que me conhecia tão bem que eu já tinha nomeado ela como minha namorada, não que eu seja lésbica ou coisa do tipo mas é que a palavra Girlfriend é muito mais atraente que Boyfriend. Ela se sentou na cadeira a frente e entrelaçou as mãos em cima da mesa.

-Algum motivo especifico pra você ter me convocado aqui?
-Todos! -Ela respirou fundo olhando pros papéis a frente- Senhorita Wayne, já conversamos tantas vezes sobre isso. -Disse me olhando brava. 
-Ai diretora. -Resmunguei.
-Se você continuar assim você infelizmente vai repetir, estamos no terceiro mês do ano e eu já estou te dizendo isso. Você acha legal ficar mais um ano aqui, senhorita Wayne? -Neguei.- Então trate de melhorar suas notas ou eu colocarei alguém da sua turma pra te ajudar. 
-Ok. -Resmunguei.
-Tente chegar nas primeiras aulas, ou eu suspenderei você pelo resto dela. Isso dificultará mais ainda sua passada de ano.

Fiz um "joia" com a mão e sai da sala dela, bati a porta e caminhei até a rua. Ainda tinha algumas pessoas em frente a escola, eles sempre ficavam ali. Até aparece que não tinha coisa melhor pra fazer. Bieber quando me viu largou sua turminha e veio correndo na minha direção, virei de costa pra ele escutando a risadinha dos amigos babacas dele me fazendo revirar os olhos. Ele entrou na minha frente e abriu seu sorriso ridículo.

Por que as meninas caiem aos pés dele na escola? Ele não tem nada de... Atraente. 

-O que você quer garoto?
-Eita. -Levantou as mãos se rendendo- Quero apenas conversar.
-E você acha que pode conversar comigo? -Disse rindo sarcástica- Você tem seus amigos pra conversar, agora sai da frente antes que eu soque sua cara de Barbie.
-Eu ainda vou conseguir falar com você. -Disse rindo.

Ele saiu andando e eu revirei os olhos bufando e voltando a andar. Eu juro por Deus que eu ainda soco a cara desse menino. Não é a primeira vez que ele vem atrás de mim, simplesmente não é a primeira vez que ele tenta conversar comigo. Será que ele não percebeu que eu não gosto dele? Que gente chata. 

Entrei em casa batendo a porta enquanto vi minha avó sentada trocando os canais. Quando ela me viu ela abriu um sorriso fraco.

-Você tem que dormir mais e parar de sair, Kaya.
-Me deixa em paz, vó. -Disse bufando, ela sorriu e assentiu.

Ela e os garotos eram os únicos que tinham compreendido minha forma de tratar as pessoas, eles foram os únicos que me aceitaram dessa forma sem me julgar ou qualquer coisa do tipo. Vovó depois de descer com uma bolça na mão, ela me deu um beijo na testa que eu limpei rapidamente e ela riu. 

Coloquei um prato sobre a mesa e retirei minha comida, comi rapidamente antes de subir correndo e me trocar colocando meu uniforme da cafeteria. Sim, eu trabalhava em uma cafeteria. Não porque eu queria, mas sim porque eu me sentia obrigada, minha vó ralava pra conseguir pagar todas as contas de casa e ainda ter que lidar com a minha falta de humor e com todos meus problemas. Me senti na obrigação de arrumar um emprego e ajuda-lá nas despesas de casa quando vi que não tínhamos mais nem leite pra tomar no café da manhã.

Mas não era porque eu queria, afinal... Eu nunca fazia o que eu queria, fazia apenas pelas pessoas! A unica razão por qual eu estudava ainda era por causa da carta que minha mãe me deixou antes de morrer pedindo que o sonho dela era poder me ver concluindo o ensino médio, a faculdade e exercendo uma boa profissão... Bom, até certas partes eu cumpri isso.

Quando vesti minha calça jeans junto com um par de vans preto eu passei a minha maquiagem preta e coloquei a blusa verde da cafeteria. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e peguei minha bolça descendo. 

O bom de tudo é que a cafeteria não ficava longe de casa. Quando entrei dela vi os babacas da escola, essa cafeteria era muito frequentada por eles. Todo dia, toda hora sempre teria um infeliz da escola aqui. 

Joguei minha bolça contra o balcão e Dinah a colocou lá dentro.


-Que bom que você chegou! Pode começar atendendo aquela mesa. -Disse apontando.

Bufei ao perceber que era a mesa de Bieber que tinha Britney agarrada ao seu pescoço, eca! Eles me dão nojo. Peguei o bloco e fui caminhando até eles.

-O que vocês querem? -Disse rude.
-Que você trate a gente melhor, primeiro de tudo. -Britney disse engraçadinha. 
-Eu vou te tratar bem, dando um soco na sua cara! -Disse e ela riu.
-Você está no seu emprego gracinha, será despedida por isso.
-Mas pelo menos terei dado um belo soco nesse nariz cheio de plastica. -Disse grunhido- Nunca ache que eu não te daria um soco por estar no meu horário de trabalho.
-Kay, eu quero um milk shake de morango. -Disse Bieber.
-Kaya, pra você! -Disse piscando e rindo sarcástica.
-Eu quero um milk shake de chocolate. -Disse Britney.
-Ué, achei que você tava fazendo dieta. -Alfinetei fazendo ela revirar os olhos.

Bieber me olhava com um sorriso no rosto enquanto eu anotava os pedidos de seus amigos que pareciam querer brincar com a minha cara. Qual o problema desses meninos em crescer

-Butler, acho melhor você parar de fazer gracinhas ou eu juro que enfio esse bloco de notas na sua boca.
-Opa -disse levantando as mãos- To brincando. -Disse rindo- Eu quero um cappuccino. -Disse e eu anotei.
-Eu um café com chantili, apenas. -Disse Christian.

Assenti bufando e anotei tudo. Quando terminei de anotar tudo eu caminhei até o balcão e joguei o papel ali, fui até as mesas anotando todos os pedidos enquanto sentia um olhar em mim. Olhei pra mesa de Bieber e ele me encarava com um sorriso bobo no rosto, arqueei a sobrancelha e ele acenou pra mim, revirei os olhos voltando a anotar tudo.

♀♀

Todos tinham ido embora menos Bieber que continuava sentado na sua mesa com um copo de água na sua mesa. Quando tirei meu avental eu desamarrei meu cabelo jogando ele pro lado. Caminhei em passos rápidos até a porta e caminhava rapidamente, quando estava pronta pra entrar no beco senti meu braço sendo puxado.

-Que merda você ta fazendo aqui, caralho? -Disse rude. 
-Eu só queria falar com você.
-Me deixa em paz moleque! Você não cansa?
-Qual o seu problema Kaya? Eu quero me aproximar de você, apenas isso.
-Vai ficar querendo!

Voltei a andar entrando na viela e senti que ele não veio mais atrás de mim. Mas em seguida com esse mesmo pensamento eu ouvi gritando.

-Qual é seu medo em deixar as pessoas se aproximarem de você? Você tem medo de ser deixada

Me virei pra trás o encarando com raiva. Ele abriu um pequeno sorriso ao saber que tinha causado raiva em mim. Eu sempre estudei com ele, me lembro de sermos melhores amigos na quinta-série até tudo mudar. Eu me afastei dele e passei-o a odiá-lo e querer ele cada mais longe de mim. Ele respeitou minha decisão, mas parece que desde o primeiro dia de aula desse ano ele cismou que quer conversar comigo me fazendo ficar muito brava. Eu achava todas aquelas pessoas muito idiota, eu odiava cada pessoa daquele colégio. Eles simplesmente não podiam crescer e ser normais

Não, eles insistiam em ser um bando de idiota.

-Eu não tenho medo de nada!
-Então por que não me deixa se aproximar de você?
-Cara, deixa eu te explicar uma coisinha. Eu não te suporto, não vou com a sua cara e não quero papo com você. Sacou?
-Eu nunca te fiz nada, caralho! -Disse bravo.
-Exatamente, Bieber! -Disse rindo sarcástica- Fica longe de mim ou eu vou acabar com a sua vida.
-Eu não tenho medo de você!

Ri e me aproximei dele fazendo ele me olhar com aquele nariz empinado fingindo não ter medo de mim.

-Não é isso que parece, Bieber! -Disse rindo sarcástica.
-Algum problema, Kay?

Olhei pra trás vendo Isaac com aquela pose de bad boy, com o maxilar travado. 

-Fica longe! -Disse pra Bieber- Nenhum Isaac, vamos!

Escutei Bieber bufar antes de eu me virar e sair andando na frente de Isaac.




Esse é realmente a personalidade, nada de comparar isso com um dia ruim... Ela é realmente desse jeito, fria, seca, dura e realista. Justin é o tipo fofo, romântico, doce e etc. Enfim... É isso. 

Eu tenho mais fanfics, caso vocês queiram ler vão na minha página de fics. ♥ 

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Bye ♥

15/07/2015

Drug Of Love -96- Epilogo



Canada/Stratford
13:25 PM
Jennifer P.O.V

Sequei algumas lágrimas que correram por meu rosto, mesmo na minha tentativa de secar minhas lágrimas eu não conseguia porque mais escorria em seguida. Me sentei na nossa cama e passei a mão por ela, senti um embrulho no meu estomago. Uma vontade de chorar junto com uma vontade de morrer, de sumir. Mas eu sabia que não podia, afinal, eu prometi que cuidaria das crianças.

Ele me deixou, isso era a porra mais difícil de entender. Minha ficha simplesmente não tinha caído, eu não queria acreditar que Justin estava morto, eu preferia passar por tudo menos pela morte de Justin. Droga, as pessoas contra venceram nosso amor. Eu achei que não tinha dor maior do que ser trocada, veja só como eu me encontro. Eu o perdi. O perdi pra sempre.

Ele nunca mais voltaria pra enxugar as minhas lágrimas, ele nunca mais se culparia dizendo que não é digno do meu amor, eu nunca mais sentiria seus lábios nos meus, nunca mais discutiria com ele por coisas banais, nunca mais o ouviria dizer que me ama, nunca mais sentiria o quão é bom estar com ele. 

Eu passei minha vida inteira com Justin, desde amiga até noiva e agora eu nunca mais teria ele na minha vida. Eu passei minha vida inteira, todos os dias da minha vida olhando pra Justin e agora seria a ultima vez que eu o veria e ele estava morto! MORTO. 

O que seria das crianças? O que seria de Liv sem o papai dela? Sem a pessoa que mais te dava atenção, que mais cuidava dela? O que seria de mim com quatro filhos pequenos e um pai falecido? Eu só o queria de volta, não pelas crianças, também mas eu o queria por mim. Eu posso ser chamada de egoísta e o que for mas eu não conseguia ver meu mundo sem Justin.

Levantei a cabeça e ajeitei meu vestido, sequei outras lágrimas que escorreram e respirei fundo. Então seria assim? Fingi que seguir em frente, fingir que eu sou forte. Eu acabei de perder meu marido, a pessoa que eu mais amei em toda minha vida. Eu não queria acreditar nisso de jeito nenhum.

Eu não sei, mas acho que minha ficha nunca cairia que ele partiu, partiu pra sempre. Ele se foi levando uma enorme parte de mim, Justin partiu levando maior parte do meu coração. Ele se foi e eu virei um vazio, eu virei algo sem começo e sem fim, eu virei algo vazio e sem sentido. Eu virei um... Ninguém. Era assim que eu me sentia sem Justin, assim que eu sou sem Justin.

Eu não tive coragem de contar para as crianças o que aconteceu, apenas disse que Justin teve que viajar. O que mais me doeu foi Liv ter me perguntado se a gente tinha se separado de novo, antes fosse... Mas infelizmente não era, Justin estava morto. Eu preferia que ele estivesse separado de mim, com outra mulher e vivo do que morto. Doía pra caramba, mas eu pensava desse jeito.

O que eu faria agora? Eu nunca mais veria o brilho dos seus olhos quando acorda e me olha, eu nunca mais veria Justin dizer com a voz rouca dele "Bom dia, amor" eu nunca mais teria a oportunidade de ver ele tentando ser romântico só pra me agradar. Em pensar que eu estraguei tantos momentos meu e dele que podia ser incríveis. Eu não conseguia não pensar que era culpa minha, eu sabia que era. Justin morreu porque se jogou na minha frente pra me salvar. Ele provou de uma vez que me amava de verdade. Eu nunca levei muito a sério quando Justin disse que se matava por mim, mas agora... Só agora eu conseguia levar a sério.

-Justin... -Sussurrei olhando o teto- Você vai estar sempre comigo? -Algumas lágrimas caíram dos meus olhos- Você sempre vai segurar minha mão quando tudo estiver difícil?

Eu conseguia sentir uma boa energia quando eu "conversava" com Justin, eu acreditava que ele estava do meu lado, ele sempre estaria do meu lado. Eu tenho certeza que sim.

A porta do quarto rangeu e eu olhei para a mesma. Liv entrou no quarto e veio até mim, seus olhos transmitiam medo. Ela sentou do meu lado e pegou minha mão, começando a fazer um carinho.

-Mãe? -Olhei pra ela.-O que aconteceu? Por que você está chorando? Cadê o papai?
-A mamãe ta chorando porque as vezes a gente tem que colocar nossa tristeza pra fora, e nada melhor do que ela sair pelo nossos olhos. Entende? -Ela assentiu.
-Você não me respondeu onde está meu pai, eu sei que ele não viajou mamãe. -Ela abaixou a cabeça- Ele não levou roupa nenhuma e nem se despediu da gente. O papai nunca faria isso. -Assenti secando algumas lágrimas.

Liv era esperta demais e ela sabia que o pai não tinha viajado. Liv sabia que tinha acontecido algo, apesar de ser uma criança, ela tinha passado por muita coisa e não era qualquer criança que com um "te dou um pirulito e você fica quieta" calava a boca. Liv tem a mesma essência que eu tenho. Isso nunca mudaria.

-Bebê... -Disse e sentei ela no meu colo- O papai ele foi fazer uma viagem sim, é uma viagem muito difícil. Uma viagem que é pra sempre, o papai nunca mais irá voltar dessa viagem. -Disse e os olhos de Liv se encheram de lágrimas- O papai foi viajar pro céu, ele está lá com o papai do céu e agora é ele quem cuida do papai, não é mais a mamãe.
-Meu pai morreu, mãe? -Ela perguntou com a voz tremendo.
-Sim, meu anjo. -Disse e ela começou a chorar- Ele está em um lugar melhor, Liv. Mesmo que isso seja difícil, o que eu sei que é, acredite... Ele sempre vai estar aqui com a gente, mesmo que a gente não possa vê-lo. Você consegue acreditar? -Ela assentiu.
-Mãe, e agora? Eu nunca mais vou ver o papai, eu amo tanto ele. -Ela disse deitando a cabeça no meu peito, ainda chorando.
-Ele também te ama, filha! Ele sempre vai te amar, seja lá onde ele estiver. -Disse e ela assentiu secando as lágrimas- Você promete me ajudar com Math, Ashley e Cameron? -Ela assentiu olhando pra minha barriga- Também não está sendo fácil pra mim, filha, é sério. -Disse sentindo algumas lágrimas caírem.
-Eu sempre vou estar aqui mamãe. -Ela disse ainda chorando.- Eu te amo.
-Eu também te amo, querida.
-Eu preciso ir no enterro? -Ela perguntou me olhando, triste.
-Isso é uma escolha sua, querida. Sei que você é crescida o suficiente pra saber se a ultima imagem que quer ver do seu pai é daquele jeito... -Ela negou.
-Eu não quero ir, mamãe. Eu quero ter a ultima imagem do meu pai brincando comigo e com Math no tapete da sala, antes de vocês irem pro hospital com Bella. -Disse e eu assenti, segurando o choro- Você acha que o papai vai ficar chateado comigo se eu não for?
-Ele vai ficar muito orgulhoso por você ter ficado com Math. -Disse e ela assentiu- Eu prometo que não vou demorar lá, tudo bem?
-Sim. Quem vai ficar comigo? 
-Vovó Rose vai ficar com vocês, depois Carla vai vir ficar. Tudo bem? -Ela assentiu.

Liv caiu no choro e eu não aguentei mais segurar o meu, um soluço escapou da minha boca. Alguns minutos depois de estar deitada com Liv eu vi ela dormindo, sabia que era a melhor hora pra ir pro enterro. Eu odiaria ver ela chorando enquanto eu ia, sabia que o melhor a se fazer não era fugir dos problemas mas eu estava cansada de sofrer tanto. Já basta a perda do meu marido.

Desci as escadas e vi que apenas Chris estava lá, as pessoas tinham me avisado que iriam já. Chris estava com a cabeça enterrada nas mãos, quando ele me viu ele veio me abraçar e as lágrimas começaram a descer sem parar.

-E agora, Chris? O que vai ser de mim?
-Eu estou aqui por você, pequena. Eu juro. -Ele disse e me abraçou- Prometo sempre estar.
-Vamos? -Disse secando algumas lágrimas- Cadê minha mãe?
-Está com Math no quarto.
-Vou apenas me despedir, volto em um momento. -Ele assentiu.

Subi pro quarto de Math e quando entrei vi mamãe acariciando o cabelo de Math enquanto algumas lágrimas escorriam de seus olhos. Apesar de Justin ter feito o que fez todos gostavam dele, não é algo que as pessoas desejavam a morte dele. 

-Mãe? -Chamei-a. Ela me olhou assustada e secou as lágrimas.
-Que susto, Jennifer. -Ela disse colocando a mão no coração.
-Desculpe-me. -Ela assentiu- Liv está dormindo no meu quarto, você pode levar Math pra lá e ficar lá com ela? Eu contei pra ela, tenho medo que ela possa acordar assustada. -Disse e ela assentiu.
-Claro meu amor, -Ela disse e se levou- eu sempre estarei aqui com você, entendeu? Sempre! -Ela disse e me abraçou- Eu te amo tanto filha, se eu pudesse tirava toda a dor que você está sentindo.
-Mas não dá, mãe. Eu acho que isso é uma coisa que eu nunca irei superar. Eu perdi o único cara que eu amei.
-Eu te entendo, se eu perdesse Jared eu não sei o que aconteceria comigo. 
-Eu preciso ir. Eu não sei mãe, tenho medo de não conseguir encara-lo. Eu não sei se sou forte o suficiente pra ver o único homem que eu amei morto em um cachão. -Disse sentindo as lágrimas caírem- Eu não sei se sou forte o suficiente pra cuidar dessas crianças.
-Você é forte, meu amor. Confio em você e confio que você é capaz de qualquer coisa. -Disse e eu assenti. -Justin sempre vai estar te olhando, no lugar onde ele estiver.
-Ele está no céu, eu sei que está! -Disse e ela assentiu.
-Eu sei, meu anjo.
-Preciso ir, cuida dos meus filhos. -Disse e ela assentiu.
-Prometo cuidar da mesma forma que cuidava de você. -Disse e eu assenti- Força!
-Obrigada, mamãe.

Abandonei o quarto e desci as escadas. Chris pegou as chaves, pegou minha mão e entrelaçou meus dedos. Saímos da sala e ele abriu a porta do carro pra mim entrar, agradeci com um pequeno sorriso e entrei dentro  do carro e logo Chris deu partida com o mesmo. Senti minha barriga revirar a cada momento que eu me aproximava do cemitério. Dois enterros de uma vez seria tão doloroso. Sim, Justin e Bella seriam enterrados juntos.

Chris parou em frente o cemitério e olhou pra mim, não consegui segurar as lágrimas e elas escorreram sem parar. Oh meu Deus, não me faça passar por isso... Me acorde desse pesadelo, ainda tem tempo. Não aguentarei em pé ver meu marido, o único homem que eu amei estar dentro de um caixão. Eu não queria passar por isso. 



-Chris... Eu não vou conseguir. -Disse sussurrando, olhando pela janela a movimentação de pessoas dentro de uma sala. Eles estavam lá....- Eu não vou aguentar, por favor...
-Você que sabe... Se quiser eu te levo de volta, ele vai te entender.
-Não... -Toquei sua mão- Eu posso fazer isso. Por mais que vá doer mais do que qualquer coisa no mundo. -Disse secando minhas lágrimas. -Eu o amo, será a ultima vez que eu poderei visualiza-lo. -Disse secando uma lágrima pesada que escorreu.
-Ele também te ama.

Assenti, tendo noção daquilo. Eu sabia que ele me amava, eu fui a única mulher que ele amou em toda sua vida, ele me disse isso. Eu sabia disso porque ele provou pra mim, ele provou que eu fui a unica mulher que dominou seus pensamentos, que eu fui a única mulher que ele olhou com brilhos nos olhos. A unica mulher que ele fez o possível e o impossível pra faze-la bem. 

Pena que Julia já estava morta, se não eu mesma faria isso com minhas próprias mãos. Maldita vadia que tirou minha felicidade e a levou pra longe de mim. 

Chris abriu a porta pra mim, e eu sai do carro causando um barulho no piso de concreto. Caminhei com Christian pela extensão do cemitério, senti meu coração dar alavancadas quando estava perto da sala onde eu já conseguia ver um dos caixões, não por completo. Minha barriga revirou quando vi Chaz debruçado sobre um caixão e chorava sem parar. Eu o entendia, não conseguia ser forte também. Imagina ele que estava perdendo seu melhor amigo e a mãe de sua criança. Bella era muito minha amiga, muito mesmo. Eramos apegadas mas ela não era minha melhor amiga. 

Caminhei até a porta da sala e olhei pra Christian, as lágrimas não paravam de escorrer um minuto sequer. Eu queria morrer, alguém me tire desse mundo. Por favor.

Havia algumas pessoas chorando em volta do caixão de Justin e automaticamente mais lágrimas desceram. Tinha algumas pessoas da sua empresa, Jeremy e Pattie estava deitada em um dos sofás, estava desmaiada enquanto um médico a examinava. Caminhei até o caixão de Justin sentindo olhares piedosos sobre mim. 

Meu mundo caiu quando vi o rostinho lindo de Justin pálido, Justin estava sem vida naquele caixão e eu nunca achei que viveria pra ver isso. Eu não queria estar em um mundo onde ele não estivesse. Passei a mão sobre sua testa e afaguei seus cabelos, ele não tinha reação e isso doía mais do que qualquer coisa. Justin sorriria pra mim e pediria pra mim continuar afegando seus cabelos já que ele adorava mais que tudo. 

Justin estava com a blusa que eu te dei em seu aniversario, estava escrito "Eu te amo Jennifer". Eu lembro o quanto ele riu daquilo, mas ele disse que gostaria de ser enterrado com aquela blusa, em uma das nossas brincadeiras.


Passado/


-Sabe amor... Eu acho que quero ser enterrado com a blusa que você me deu.
-O quê? -Disse e dei um sorriso.
-É, será maravilhoso ser enterrado com algo tão lindo que você me deu.
-Então você terá que dizer isso pra nossos filhos, já que iremos morrer de velhice. Morremos juntos, Justin! Esqueceu? -Disse e ele negou.
-Nunca me esqueceria.
-Você quer mesmo...?
-Claro que eu quero, boba. -Disse e me selou.- Eu te amo, se alguma vadia vier na minha cova ela saberá que eu sou seu. Só seu. -Disse e eu agarrei sua nuca, joguei minha cabeça pra trás e gargalhei.
-Eu concordo, concordo muito. -Disse e selei seus lábios nos meus.


Presente/



Infelizmente, eu estou tendo o desprazer de enterra-ló. Eramos pra morrer juntos, será que ele esqueceu disso? Justin se jogou na minha frente pra me ajudar, eu não queria que ele tivesse morrido. Eu preferia morrer no seu lugar, ele não tinha que ter feito isso. Nunca.

Olhei pro seu rosto, seus olhos fechados e seus lábios grudados por causa da cola. Deus, por quê?! O que eu fiz pra merecer isso? Nunca mais viria Justin me olhar e dizer que me amava, nunca mais veria ele abrindo sua boca e me dizendo algo. Eu queria ter aproveitado mais o tempo que tive com ele.

Meu choro começou o preencher o ambiente e vi algumas pessoas saindo da sala, deixando apenas eu e Chaz.

-Por que em, amor? Por que você fez isso? Por que você me deixou nesse mundo sem você? Volta pra mim, por favor. -Disse chorando.- Eu não quero, Justin. Não quero viver sem você. Como eu irei andar sem ter você pra segurar minha mão? -Disse chorando- Eu não consigo acreditar que Deus foi tão cruel a ponto de me tirar de você, sem se importar se eu vou sofrer ou não.

Olhei pra sala e ela estava vazia, apenas eu e Chaz. Olhei pra ele e ele me olhou, chorando, com o lábios entre-abertos e com alguns soluços saindo pelo mesmo.

-Eu não sei se vou conseguir viver sem ela, Jenni. -Disse e chorou.
-Eu também não sei Chaz. Não sei se vou conseguir viver com a maldita culpa que meu marido se jogou na frente de uma bala por mim, nunca vou conseguir viver sabendo que eu nunca mais terei Justin do meu lado, que eu nunca mais discutirei com ele por coisas banais, ou porquê ele fez alguma besteira. Eu nunca mais vou deitar ao lado dele. Ele me deixou com quatro filhos e eu não sei se vou conseguir aguentar, não sei como vai ser pra mim cuidar de Cameron e Ashley sozinha. Ele me ajudava, era a melhor pessoa comigo. Eu não sei se consigo acreditar que Deus existe, Chaz ele me tirou uma amiga e meu marido. Não tem como aguentar isso, não tem como eu continuar vivendo. -Chaz se aproximou de mim e fez carinho no meu rosto.
-Tá doendo muito em mim, perder meu melhor amigo e minha mulher no parto nunca estaria nos meus planos. Mas já que aconteceu, a gente tem que seguir. Você tem quatro filhos pra cuidar e eu tenho uma, apesar de tudo eu estive refletindo que nossos filhos precisam da gente. Com a gente sofrendo com essas mortes ou não. Justin era um cara que errava pra cassete mas ele era uma pessoa, ele era humano. Ele amava, nunca fez mal pra ninguém. Minha mulher era tudo pra mim, uma mulher incrível. A mais incrível que eu já conheci. Dói muito, mas eu a perdi. E isso é a droga da vida injusta que vivemos. Mas eu prometo estar aqui pra você se você estiver aqui pra mim. -Disse e eu sorri.
-É claro que eu não vou deixar você aprender sozinho como dar uma papinha, como dar carinho e principalmente trocar uma fralda. -Disse e ele riu baixinho.
-Você não merecia estar passando por isso. 
-Acredite, nem você! -Disse e ele limpou as lágrimas.

♀♀


Sentia os braços de Chaz me envolver enquanto acompanhávamos os carrinhos com os caixões serem empurrados. Mais e mais lágrimas escorriam, nunca passaria. Eu sempre iria chorar ao me recordar dele. Foi horrível quando eu tive que dar meu ultimo adeus, tendo a certeza que nunca mais tocaria aquele rostinho macio. Olhei pro meu pai e para Jeremy que ajudavam a empurrar os carrinhos. Eu estava vivendo pra ver meu pai empurrando o carrinho de Justin, eu estava vivendo para ver Jeremy enterrando seu filho.

Quando paramos em frente ao tumulo de Justin eu senti meu estomago revirar. Os coveiros abaixaram o caixão de Justin e eu comecei a chorar sem parar sentindo uma forte dor no meu peito. Eu perdi meu marido, pra sempre. Ele partiu pra sempre.

Outros coveiros abaixavam o caixão de Bella, minhas lágrimas se multiplicavam a cada instante. Eu queria passar por qualquer coisa, tortura, ser queimada, morrer afogada... Tudo menos ter que passar pelo meu maior medo, o de perder meu marido e de vê-lo sendo enterrado. Esse sempre foi meu maior medo.

Senti os braços de Chaz me apertarem ainda mais, vi que ele queria desmoronar e eu também queria mas eu tinha que me manter forte. Eu não podia esquecer que não podia passar por nervoso já que estava grávida de gêmeos, uma gravidez que estava prevista para ainda essa semana. Me diz, o que será de mim?



Joguei uma rosa em cima do caixão de Justin e me recusei a falar algumas palavras, tinha um nó enorme na minha garganta e eu não conseguiria falar por nada. Mas então Pattie, que até então estava passando mal, pálida e com o rosto inchado se colocou a frente.

-Justin era uma pessoa incrível, não digo isso apenas porque ele faleceu, era a verdade! Todo mundo que o conhecia bem, seus pais, seus amigos e sua maior família... -Olhou pra mim- Sabia muito bem disso. Justin se foi deixando quatro filhos, deixando alguns sonhos e fazendo sua mulher que daqui alguns meses se vestiria de branco, agora está se vestindo de preto. Justin deixou todos nós de forma repentina, por uma injustiça. Justin não merecia morrer, mas morreu... E agora ele deixou conosco um imenso vazio, um nó na garganta... Uma falta dele. Justin deixou um buraco no nosso coração que é incapaz de ser preenchido. Ninguém nunca substituirá Justin Drew Bieber. O cara que errou tanto, mas que mesmo com todos os seus defeitos era um pai e um marido bom. Decidi falar das suas boas ações e não dos seus incansáveis defeitos, que ele já estava cansado de escutar. Justin Drew Bieber se foi, mas ele sempre estará em todos nossos corações. Sempre estará presente conosco, não de corpo mas sim de alma. Justin, se você estiver nos ouvindo saiba que nós te amamos. Apesar de tudo.



Pattie foi pro lado de Jeremy que chorava, sabia que ele estava sentindo muito por isso. Escutei ele dizendo pra Pattie o quanto se sentia infeliz agora, já que nunca deu total apoio a Justin. Eu também me sentia mal, tantas vezes desprezei Justin, falei dos seus defeitos e o fiz ficar infeliz.



Passado/

-Justin...
-Me deixa em paz, Jennifer. Só por alguns minutos.
-Me desculpa.
-Tudo bem.
-Não, é sério! Me perdoa Justin, eu não queria ter dito aquelas coisas pra você. -Disse e respirei fundo- Olha pra mim.
-Eu não quero. -Disse fungando.
-Justin... Você está chorando?
-Jennifer, eu to cansado de me sentir o insuficiente pra você. Eu to cansado de me sentir um babaca, de me sentir um marido horrível e um pai horrível. Eu tento mudar Jenn, eu juro que tento. -Disse secando as lágrimas que escorria- Mas eu sempre acabo fazendo merda, sempre acabo me tornando um merda. Eu acho que eu nasci pra fazer merda, eu não nasci pra ter uma família. Eu nasci pra sofrer. -Disse fungando.
-Justin, não diz essas coisas. -Disse com os olhos marejados.
-Eu só estou falando a verdade, Jennifer. -Disse e se levantou.
-Eu não queria fazer você se sentir assim, desculpa...
-Não é você Jennifer, sou eu que faço merda. Sou eu que sempre erro, sou eu que magoo as pessoas.
-Amor, para de falar essas coisas.
-Não Jennifer, chega uma hora que a gente cansa e temos que assumir todos nossos erros.
-Justin...
-Eu magoei meus filhos, você viu? Liv saiu triste da sala por minha causa.
-Ela saiu porque a gente estava discutindo, não é apenas por sua culpa. Chega, pare de se culpar.
-Eu preciso pedir desculpas mas eu sinto que não vai adiantar nada, porque daqui a pouco eu vou magoar ela de novo e vou errar de novo e vou acabar sendo o pior pai do mundo. Eu vou fazer merda Jennifer, você vai se cansar de mim e vai arrumar outra pessoa melhor, Liv vai chamar ele de pai e Math também. Eu vou virar um bêbado idiota e abandonado, vou ir atrás de Liv na escola e os amigos dela vão rir dela por ter um pai como eu, ela vai me humilhar na frente de todo mundo e eu vou querer morrer, ainda mais quando eu ver você com outro homem. -Disse com as lágrimas descendo sem parar.


Presente/


Tantas vezes o fiz infeliz, o fiz se sentir diminuído, tantas vezes não tive coragem de falar do meu amor. Tantas coisas jogadas foras, tantos erros, tantas incertezas. Pra dar nisso agora? Que droga de vida injusta, me fez passar por tudo aquilo com Justin e quando estamos bem e nos acertando, quando está tudo dando certo Justin então parte. Me deixando, não por pouco tempo e sim pra sempre.


Pra sempre; Minha ficha não caía que eu perdi ele pra sempre, talvez fosse cair quando eu me deitasse e ele não estaria ali, quando eu tivesse com saudades e saberia que ele nunca mais iria voltar.


E então a primeira pá com terra foi jogada em seu caixão. Senti meus joelhos tremerem e minhas pernas bambearem, se não fosse o braço de Chaz me segurando eu desmontaria ali mesmo. 

-Vamos? A gente já viu demais! -Assenti.



Dei a ultima olhada pro caixão de Justin que estava quase todo coberto por terra e senti mais lágrimas escorrem.

-Eu te amo bebê. -Disse sussurrando.-Eu vou te amar, pra sempre.



Chaz me puxou e só então minha ficha caiu, eu nunca mais veria Justin. Ele nunca mais sorria de forma apaixonada pra mim. Nunca mais. 


Chaz abriu a porta do seu carro pra mim e eu entrei no mesmo, ele começou a dirigir em direção a minha casa, ouvia fungadas dele e sentia meu coração despedaçando... Não queria deixar Justin ali, sozinho, mas sabia que ele estava morto. 


Quando Chaz parou em frente minha casa eu olhei pra mesma e suspirei, precisava de um descanso. Precisava dormir e nunca mais acordar desse pesadelo. Dei um beijo na bochecha de Chaz e murmurei um "Tchau" quase inaudível. Caminhei até a porta de casa e quando a abri vi Ryan com a mão entrelaçada nos cabelos e Carla parada na porta da cozinha, quando me viu veio na minha direção e me abraçou.

-Obrigada por ter ficado.

-Nunca te deixaria na mão em um momento desse. Você fez o discurso? -Neguei.
-Pattie fez, não estava com cabeça. 
-Você quer ficar sozinha? -Assenti rapidamente- Você irá ficar bem?
-Eu vou tentar -Disse sussurrando- Obrigada mesmo por ter ficado.
-Não precisa agradecer, amiga.
-Jenn, se precisar da gente estaremos aqui. -Assenti cabisbaixa pra Ryan.
-As crianças pegaram no sono, Math acordou chorando mas eu dei mama pra ele e ele dormiu.
-Obrigada, mesmo. -Sussurrei.
-Não tem porquê agradecer. 


Observei eles saírem de casa e respirei fundo, subi pro quarto das crianças e vi que eles dormiam serenamente. Entrei no meu quarto e de Justin e senti as lágrimas descendo mais uma vez. Eu nunca mais o veria deitado naquela cama. Ele nunca mais entraria no nosso quarto com uma bandeja de café da manhã depois da longa noite que tivemos.


Nunca mais.


E com esses pensamento eu dormi, com as lágrimas escorrendo sem parar sobre os meus olhos. Deus, por favor... Me faça acordar desse terrível pesadelo.


-JUSTIIIIIIN.


Canada/Stratford
12:25 PM
Justin P.O.V

Levei um susto ao ouvir o grito de Jenni, o seu grito era assustador e doloroso e isso me levou a pensar mil coisas em apenas um segundo que eu me virava pra encara-la.

Senti meu coração falhar ao ver ela chorando desesperadamente com a mão no rosto sussurrando coisas desnexas. Ela me olhou como se não estivesse acreditando que eu estava mesmo ali e logo seu choro se tornou ainda mais alto e mais doloroso ainda.

-Você ta mes-mesmo aqui. -Ela disse chorando e agora soluçava. - Eu tive um pesadelo horrível Justin, você... Oh meu Deus. -Jennifer mal teve tempo de conseguir terminar de formular uma frase correta e logo caiu no choro.

Eu não sabia o que a minha mulher tinha sonhado, mas sabia que tinha sido uma coisa terrível pra ela estar chorando desse jeito.

Eu apenas queria tirar a dor dela, odiava ver ela tão mal.

-Meu amor, o que aconteceu? Toma essa água. -Enchi um copo de água e lhe dei.
-Você... Eu sonhei, óh meu Deus. -Ela disse e caiu no choro novamente.
-Se acalma, ta tudo bem... Eu estou aqui, não estou? -Ela assentiu limpando as lágrimas.
-Me desculpa, por tudo que eu te disse ontem a noite. Eu e sinto péssima por isso.

"Isso é ridículo, todas as suas palavras são ridículas e não serve de nada! Se mata."

Só Deus sabe a dor que eu senti ao ouvir essas palavras, foram como se facas tivessem atravessado meu corpo. Parti pro banheiro e chorei até não poder mais, assim que sai olhei meu retrato que tinha uma foto dela e respirei fundo. Deitei atrás dela, beijei seus cabelos e logo senti sua respiração profunda. Ela já dormia. 

Na outra manhã Jennifer demorou a acordar, mas resolvi não acorda-lá, pode ser que ela esteja cansada demais pra isso. Preparei o café pras crianças e coloquei Liv pra ir pra escola, Math ficou na sala e quando eu ouvi o grito de Jennifer só senti minhas pernas rapidamente correrem pra o andar de cima, comecei a tremer quando vi ela se debatendo na cama e chorando, ainda dormindo.

-Está tudo bem, eu estou aqui. Estou cuidando de você e nunca vou partir, não sem você! -Disse e selei nossos lábios.
-Eu quero te contar. -Ela sussurrou contra meus lábios

Jennifer me contou cada detalhe do seu sonho, ao mesmo tempo que eu achei louco eu achei real demais. Mas nada disso era verdade, Julia estava mesmo morta e mesmo eu sabendo disso eu iria atrás saber tudo de sua morte. Eu queria saber de tudo.

Ao ver Jennifer vacilar e chorar algumas vezes que me contava de seu pesadelo eu tive uma unica certeza, eu nunca deixaria ela partir de novo.

♀♀

Jennifer ainda parecia tocada do sonho, enquanto eu diria pra Stratford sentindo um enorme sorriso iluminar meu rosto. Minha mulher estava mesmo ali.

Como que um sonho é capaz de fazer ela desistir de todo seu orgulho e voltar pra mim? Eu mal podia acreditar nisso.

O sonho tinha sido algo louco, era muitas coisas só em um sonho só. Jenni tinha ficado gravida de gêmeos, eu dei uma lição de moral no pai dela... Só em sonho mesmo.

Jennifer quando se levantou da cama arrumou todas as malas, se despediu de seus amigos e colocou tudo no meu carro, esperou Liv voltar da escola e exigiu que a gente voltasse pra Stratford, ao mesmo tempo que eu achei mágico eu achei louco. Ela poderia se arrepender de estar largando toda a sua vida aqui, pedi pra gente ficar alguns dias mas quando ela olhou pra mim e implorou com os olhos brilhando de lágrima foi impossível dizer não. 

-Está tudo bem, eu estou com você. -Disse apertando sua cocha.
-Você vai me achar louca se eu te disser que já amava Cameron e Ashley? Não consigo acreditar que era só um sonho Justin. Eu fico feliz em saber que era um sonho mas nesse sonho eu fiquei gravida e mesmos sendo sonho eu me apaixonei por duas crianças que nunca irão nascer! -Ela disse e duas lagrimas escorreram- Não ache que eu queria te ver morto Justin, isso me assustou muito. Eu nunca quero te perder...
-Eu te entendo, meu anjo. Eu compreendo que é muito confuso. Foi praticamente uma realidade pra você.
-Mesmo em sonho você estava ali pra mim, você estava ali fazendo besteiras... Estragando as coisas e reconcertando-as. Você era tão... Você! -Ela disse e eu sorri- Eu queria que Ashley e Cameron fosse verdade. -Ela deu um sorriso triste.
-Amor...
-Justin, isso pode ter sido um aviso de Deus. Eu pedi pra você se matar ontem a noite, eu fui péssima com você mesmo depois de você ter me dito todas aquelas coisas ruins. Deus me deu uma chance, Justin... Ele me fez ver o que é uma vida sem você pra mim nunca 10mais desejar sua morte. Eu me arrependo tanto.
-Tudo bem, meu amor. Está tudo bem. Você estava nervosa, chateada e com o orgulho ferido. Eu te entendo.
-Como você pode ser tão maravilhoso? Eu fui uma idiota com você esse tempo todo. -Disse acariciando meu queixo quando paramos no farol fechado.
-Você me perdoou de verdade? -Disse segurando seu queixo.
Ela sorriu com os olhos brilhando e disse: -Sem sombra de duvidas.

Respirei fundo e sorri

-Então tudo isso já vale a pena.

♀♀

Me senti em casa quando enxerguei a minha casa a alguns metros de mim. Jennifer olhou pra mim e abriu um sorriso, que me levou a loucura. Ela começou a acordar as crianças que tinham dormido a viagem inteira. Sim, eu dirigi de Nova York até Stratford por pedido de Jennifer, não foi uma viagem turbulenta. Foi quase nove horas de viagem, pela madrugada paramos em um chalé e ficamos até o amanhecer. E o melhor, foi o sexo que eu fiz com Jennifer. Sexo de reconciliação.

-Eu estou animada pra conversar com o pessoal. -Ela disse e sorriu.

Sim, o pessoal sabia que a gente tinha vindo embora pra cá e todos ficaram muito feliz ao saber que Jennifer tinha me perdoado. 

-Eles também estão, tenho certeza.
-Eu quero falar com todos, mas mas especialmente com Chris e Carla.
-Eu entendo, eles são seus melhores amigos. -Disse e ela sorriu.
-Justin?
-Sim? -Disse estacionando o carro em frente a nossa casa.
-Você é o meu melhor amigo. -Disse acariciando meu rosto, sorriu e então me beijou.
-Eu te amo. -Disse olhando em seus olhos.

Canada/Stratford
14:21 PM
Jennifer P.O.V

Justin abriu a porta do carro e em seguida abriu a porta pra mim também, achei lindo da parte dele tentar agir como romântico. Eu o amava, o amava mais que qualquer coisa na minha vida. Justin tinha me dado amor e uma família, Justin tinha construído sonhos meus que eu nem mesmo sabia que existia.

Justin pegou Liv no colo, que mesmo acordada não estava a par da situação. Peguei Math no colo que murmurou algo baixinho e continuou dormindo, ele era impossível de conseguir acordar. Quando eu pisei o pé naquela casa eu senti meu passado todo voltando, não conseguia pensar em momentos ruins... Apenas os bons. Eu estava aqui, de volta da onde eu nunca deveria ter saído. Eu só agradecia a Deus por ter aberto meus olhos, por me fazer ver que a vida não era nada daquilo que eu pensei.

Lembrei de duas noites atrás, antes do sonho... Tudo de ruim que eu tinha lhe dito.

Passado/


-Você é tão linda, eu sou um idiota Jennifer! Eu sou um idiota e sinto vontade de enfiar uma faca em mim cada vez que eu vejo que perdi você, cada vez que lembro que achei que estava apaixonado por outra pessoa que não era você. Eu me lembrei de cada momento nosso e pude me lembrar do quando eu te amo, eu sou um idiota amor. Eu não vejo a hora de você me perdoar mas também não tiro sua razão em estar fazendo tudo isso comigo. Eu sei que você esta me testando e eu prometo passar em cada um desses teste, eu prometo que eu nunca mais vou te decepcionar! Eu nunca mais vou brigar com você, nunca mais vou dizer coisas que te magoe, eu te amo tanto que acho impossível sentir isso por alguém e é uma pena eu ter visto agora. Mas por favor Jennifer, me prometa que só ficará comigo, me prometa que não vai ficar com outros homens enquanto eu estiver tentando ter você de volta. Eu sei que vou conseguir, quando eu quero uma coisa eu consigo e eu sei que você ainda me ama, eu sei também que você odeia admitir isso porque é a coisa mais idiota que você sente! Mas eu sei que você ainda me ama. Sei que esse sentimento não morreu e nem vai morrer, não tão cedo! Eu prometo pra você que eu não vou deixar esse sentimento adormecer porque eu te amo Jennifer, eu te amo tanto que dói em mim. Eu sou um idiota, você me deu uma família maravilhosa, me deu felicidade e amor e eu joguei tudo isso fora! Eu não dei valor, eu não fui o homem que você merece mas eu prometo que agora eu vou ser. Eu prometo que quando eu te reconquistar eu vou ser tudo que você sempre quis, tudo que você sempre sonhou! Você lembra amor? Lembra que dizia que queria um príncipe? Eu vou ser seu príncipe vagabundo, todo errado mas que te ama mais que tudo. Eu prometo, prometo que nunca mais vou te deixar. Eu vou sempre abraçar você, vou sempre te amar e cuidar de você como se fosse meu bebê e eu nunca ousarei te deixar. Eu te amo tanto e você não imagina o tamanho da minha gratidão por você existir.

Meu corpo inteiro chorava junto comigo em silêncio. Eu queria pular no colo dele, abraçar ele e dizer a ele que eu o amava mais que tudo, que ele é importante pra mim que mesmo sendo do jeito que é eu o amo muito. Apesar de ser tudo palavras o que ele disse eu senti que era verdadeiras e eu sabia que era verdadeiras, meu interior sabia! Meu coração e meu cérebro sabia, e meu coração e meu cérebro pela primeira vez estavam de acordo, mas meu orgulho não. Ele sempre queria quebrar tudo. As lágrimas caiam silenciosamente e rapidamente por meu rosto  e o que eu mais agradecia aquele momento era por estar de costa pra ele. Respirei fundo controlando minha voz e senti seus braços apertarem ainda mais meu corpo ao dele.

-Isso é ridículo, todas as suas palavras são ridículas e não serve de nada! Se mata.


Presente/

E então depois eu tive o desprazer de sonhar tudo aquilo. Aquele sonho infeliz.

Entrei no quarto de Math e o coloquei deitado na cama, forrei-o com uma coberta e sorri com isso. Math ficaria muito feliz em saber que voltou pro seu verdadeiro lar, assim como Liv. Era tudo que ela mais queria, ficar perto dos seus coleguinhas. 

-Linda, podemos ir deitar? Eu estou tão cansado.
-Você pode ir deitando amor, eu vou desfazer as malas. -Ele assentiu, sorriu e saiu do quarto.

Ele ainda conseguir ser tão ele e isso me fazia feliz mais do que qualquer coisa. Dei um ultimo beijo em Justin e logo sai do quarto, mas fui em direção ao quarto do lado que era o de Liv, entrei e vi que ela dormia profundamente. Dei um beijo em seu rosto e depois de longos minutos encarando o que eu tinha feito de melhor da minha vida eu saí do carro. Fui em direção ao nosso quarto. Entrei no mesmo e vi que Justin estava tirando as roupas das malas e dobrando-as. Achei isso lindo, mesmo ele estando dobrando elas todas erradas.

-Justin... -O chamei e ele me olhou, sorrindo- Eu te amo, você sabe disso. Não sabe?
-É claro que eu sei. -Ele disse e sorriu, agarrando minha cintura.
-E eu amo o Justin. Me desculpa por tentar mudar você. Eu amo o Justin Drew Bieber, meu antigo Kidrauhl e não esse cara desajeitado que as vezes é outra pessoa só pra me fazer feliz. Eu te amo muito, mas não mude. Eu me apaixonei por quem você é de verdade, não por esse homem romântico. Eu amo quando você é romântico comigo, mas a todo momento torna isso chato e esse não é você. -Sorri- Eu gosto do Justin Drew Bieber, que é safado, que me pega de jeito, que me leva a loucura, que faz amor comigo feito um louco. Que me ama em seguida, que é romântico quase nunca. Amo o Justin Drew Bieber que tirou a minha virgindade. Eu amo aquele homem safado e ao mesmo tempo romântico. Então para de besteira, tira a minha roupa e faz o que quiser comigo. 

Justin passou a linguá nos lábios, parecendo totalmente bobo ao ouvir minha declaração, meio louca, desajeitada e romântica. Era isso que somos, é isso que Justin Bieber e Jennifer Bieber são. O casal mais louco e complicado. 

Depois de eu estar despida e totalmente mercê a ele, Justin me amou... Me amou no jeito Justin Drew Bieber de ser.

♀♀

Aos poucos a sala ia se enchendo e as pessoa iam se sentando ao meu lado, no sofá da frente e até mesmo no chão... Esse foi Chaz. Chris sorriu tímido e se sentou ao meu lado, me lembrei de todo o meu sonho e as partes que envolvia ele. Ele assumiu gostar de mim, será que isso era mesmo real? Isso me assustava, porque se fosse real pode ser que o sonho possa se realizar. Isso me dava medo, eu tinha medo de se realizar.

Quando a sala estava completamente cheia e Justin já tinha se sentado do meu lado, me dado um beijo na bochecha me incentivando a começar.

-Bom... Eu estou um pouco nervosa, na verdade. -Disse e todos riram- Noite retrasada eu tive um sonho... Um sonho que me assustou muito. Nesse sonho muitas coisas aconteciam, eu ficava grávida de gêmeos, Justin tirava as crianças de mim, eu me separava dele. De verdade, no cartório. Lissa, você e Chris quase terminaram ao ele te dizer que não queria se casar e nem ter filhos. -Ela olhou pra Chris que riu.- Bella você ficou grávida no meu sonho mas tinha algumas coisas de piores que acontecia, você morria Bella. -Disse e ela arregalou os olhos.- Justin também morria, Julia aparecia e matava ele. Vocês podem me achar louca e o que for mas esse sonho foi tão real que me fez dar valor a minha vida, a quem me ama. -Disse e olhei pra Justin- Eu apenas quero deixar tudo de lado, eu não quero mais essa pessoa orgulhosa. Eu quero perdoar, ser perdoada. Eu quero amor e não ódio. Eu queria pedir desculpa por ter tratado todos vocês de mal gosto naquele dia que vocês foram pra minha casa. Me perdoem por ter sido tão dura, era muita coia pra mim assimilar e eu me sentia louca com todas essas coisas. Me perdoem por ter sido tão dura com todos vocês, eu amo vocês. Vocês são os melhores amigos do mundo.

Em seguida todos vieram na minha direção e me abraçaram com força. E foi como se um peso tivesse saido da minha costa, estava tudo bem agora. Eu estava mudando o caminho do meu sonho... Nunca tomaria aquele rumo. Nunca.

♀♀

-JENNIFER, OLHA O QUE EU ENCONTREI. 

Justin correu até estar de frente pra mim e com um olhar doloroso me mostrou o papel do divorcio. Senti frio até na minha espinha. Era o divorcio que eu tinha mandado a Justin a uns dias antes dele voltar. 

Sorri ao ter uma ideia.

-Vem.

Guiei Justin pra parte de trás da casa, no fim do jardim. Peguei o esqueiro que tinha pegado na cozinha, acendi no papel e joguei na grama logo vendo o mesmo pegando fogo. Justin olhou pra mim e sorriu.

-Você tem certeza? -Disse e eu olhei pro papel queimado.
-Agora já não dá mais pra voltar atrás. -Disse e ele gargalhou.


♀♀

Justin descia a ponta de seus dedos sobre minhas costas fazendo um carinho bem ali. Ele parecia pensativo. Estávamos assim a algumas horas já, tínhamos feito amor e foi uma das melhores vezes. Porém nenhuma nunca superaria quando Justin me pegou de jeito no meu quarto em NY. Sorri tendo essa lembrança.

Passado/



-A gente voltou?

Um desespero correu no meu corpo ao ouvir ele pronunciar essas malditas palavras. Droga, não era pra ser assim. Eu não me arrependia, nunca... mas ele estava achando que a gente ia voltar, isso só serviu pra iludir ele.

-Não Justin! -Respirei fundo.

Ele abaixou o olhar mas logo voltou a me olhar.

-Não?
-Não Justin -Respirei fundo- Foi apenas sexo.

Ele me olhou com os olhos triste e abaixou os mesmo, ele respirou fundo e eu deitei no seu peito.



-Não vamos pensar nisso, sim? A gente transou, foi um passo.

Presente/

Lembrar do mal que eu lhe fiz me deixa muito triste, além do aperto no coração que eu tenho ao lembrar de seus olhinhos tristes me encarando, me pedindo perdão diversas vezes e me imploro pra voltar com ele. Isso machucava muito, mas eu achava que tinha que machucar ele na mesma intensidade que ele tinha me machucado.

Hoje eu já não tenho mais medo dele me deixar, eu sei que ele jamais me faria algo ruim de novo. Eu não tinha mais magoa dele e muito menos raiva. Nunca mais teria.

-Está pensativa, o que foi?

Olhei pra Justin e só ai eu percebi que ele me encarava, com um sorriso no rosto. Parecia me olhar já a alguns minutos.

-Você que estava ai, todo pensativo. -Disse e ele riu.
-Eu estava me lembrando de algumas coisas, e você?
-Também. -Disse e sorri.
-Você consegue se lembrar de quando fomos ao circo e o palhaço te chamou pra ajudar com o truque? -Disse e eu ri.
-Filho da mãe. Como vou esquecer?
-Foi engraçado, você ficou mais vermelha que um pimentão.
-Você é tão mal. Se lembra quando fomos ao cinema em Paris e você ficou tirando sarro da minha cara?
-Aquele que você quase terminou comigo? -Disse e riu.
-A gente foi expulso, eu fiquei com tanta vergonha. -Disse e ele gargalhou.

Justin apontava pros quadros, esculturas, estatuas e morria de rir, diversas vezes eu mandava ele calar a boca. Passamos pelo quadro de Baldassare Castiglione e o Justin ria, eu já estava ficando irritada por que várias vezes as pessoas reclamava com a gente. Justin parecia uma criança.

Passado/

-EU DUVIDO QUE ELA ERA VIRGEM! -Justin deu um grito relacionado ao quadro A virgem do Chanceler Rolin. Ele começou a rir e todo mundo olhou para ele. Eu olhei e revirei os olhos negando.
-Vou pedir para que vocês se retirem, por favor. -Um segurança falou e eu olhei pro Justin. Sai batendo o pé e ele veio atrás de mim rindo.
-Eu duvido que você estava se divertindo com aquilo. -Ele disse e eu o olhei com raiva.
-Eu tava sim. Você sabe que eu gosto dessas coisas, você é um babaca um crianção a ponto de ser expulso de um museu por que fica rindo das coisas.
-Nossa, desculpa. -Ele disse sem graça.

Presente/

-E pra me perdoar eu contratei aquele anjinho.
-Foi fofo.
-Foi muito gay. -Ele disse e riu.
-Você é um babaca.


Passado/


-Pra você. -O moço "anjinho" me deu e saiu andando.

Peguei o cartão e o abri e li sorrindo "Você está tão linda, alguém já te disse isso hoje? você fica mais linda ainda concentrada em algo, perdoe-me por ter rido das coisas no museu mas era mesmo muito escrotas. Te amo" Olhei pra Justin e sorri caminhando até o banco que ele estava.


Presente/

-A gente passou por coisas ruins, mas é sempre bom lembrar das boas. Não é?
-Muito. -Disse sorrindo.
-Babe, eu estava pensando também... A gente podia fazer uma outra festa de casamento. Pra inovar, mostrar pra todos que estamos bem, que estamos juntos e que nunca mais iremos nos separar.
-No meu sonho a gente iria se casar de novo... -Disse e ele respirou fundo.
-É... Você me contou. Mas deixa disso, é apenas uma festa. Pra parabenizar.
-Terei que usar vestido?
-Você quer?
-Na verdade não... Eu posso arrumar uma roupa parecida com casamento mas vestido de noiva não. Já somos casados na igreja. -Disse e ele sorriu- O que você acha?
-Eu acho ótimo. 
-Então está tudo bem... -Disse e ele sorri.
-Daqui dois meses?
-Dois meses?
-Sim. Iremos contratar pessoa que vai cuidar disso tudo, relaxa.
-A gente vai ter um novo casamento. -Sussurrei.
-Um novo casamento... Um novo recomeço... Uma nova vida.

♀♀

2 Meses Depois

-É MINHA RENOVAÇÃO DE VOTOS. É CLARO QUE EU ESTOU NERVOSA. -Gritei desesperada- TODOS OS MEUS AMIGOS DO COLÉGIO ESTÃO AI, PRATICAMENTE A CIDADE TODA ESTÁ AI.
-Seus hormônios estão a flor da pele. Céus, é tpm? Gravidez? Por favor, me fala. -Ela disse bufando.
-Não Carla... -Sussurrei.
-Você está grávida? 
-Claro que não. -Disse olhando pra baixo.- Eu só preciso que vocês terminem de arrumar meu cabelo, meu marido está lá embaixo me esperando, alias, me esperando muito nervoso. 
-Ele está nervoso também... É normal. Está tudo muito lindo.

Iria ser no jardim, sim. No jardim. Eu decidi assim, eu desejei que fosse no jardim da minha casa e não em um salão. Eu queria que fosse uma coisa que ficasse marcado pra sempre, e em um lugar bom. Qual é o melhor lugar do que a minha casa? Onde eu passo meus melhores momentos com Justin, com meus filhos. Falando em filhos eu conseguia ver pela janela do meu quarto Math correndo de Jaxon, eles brincavam de pega-pega e Math ria sem parar enquanto Beca aparecia logo atrás correndo desesperada atrás dele.

Pode parecer loucura, mas ela encontrou alguém bom pra ela. O nome dele é Tyler. Sim, Tyler... O cara que fez tudo aquilo comigo, mas eu não conseguia mais ter raiva dele. Ele era tão bom e acabou fazendo aquilo em um momento horrível pra ele. Eu não culpava Beca por amar ele, Justin odiava mais que tudo. Ela tentou se afastar dele de todas as formas, várias vezes eu vi ela chorando porque queria se manter longe dele. Ela tinha medo dele, por todas as coisas que ele fez comigo. E ela também queria se afastar dele com medo de eu ter raiva dela por isso. Mas eu não liguei, na verdade eu fiquei meio insegura mas depois que eu vi que ela realmente estava sentindo algo por ele foi como se fosse um soco no estomago. Eu não poderia priva-lá de continuar amando ele. Beca nunca se prendia a ninguém e quando se prendeu, prendeu-se logo ao cara que me amava e que me fez tantas coisas. Mas depois que eu vi a forma como ele olhava pra ela, a forma que ele tentava cuidar dela eu fiquei apaixonada pelo casal. Não iria privar uma das minhas melhores amigas de amar por egoismo meu. Já Brandon está ficando com uma garota, até a trouxe hoje. Alex estava namorando, assim como no meu sonho. O nome da garota era Anastacia e diferente do meu sonho ela gostou de mim.

O penteado que eu estava usando era o de um coque, bem arrumado com alguns fios de franja soltas e com o resto de franja era uma franja na lateral da cabeça. Lindo, era lindo. Justin insistiu tanto depois de nossa conversa que eu acabei comprando um vestido de noiva. Ele era lindo. Diferendo do meu primeiro. Ele tinha alças mas era os ombros caídos. Era bastante cheio e com algumas rendas. Não tinha como ficar melhor, era maravilhoso. 

-Você está linda. -Beca disse. De repente ela já estava lá em cima?
-Obrigada. -Disse sorrindo sem graça- Vocês acham que ele vai gostar?
-Eu acho que ele vai amar. Essa barriguinha, ai?
-O quê?
-Achei que era só eu que tinha notado.

Bufei encarando as duas. Era normal, eu sabia que era. Jared entrou no quarto e abriu um enorme sorriso bobo e lágrimas nos olhos. 

-Você está linda, minha princesinha.
-Obrigada, papai. Você também está maravilhoso.

Jared me ajudou a descer as escadas e quando chegamos lá em baixo eu sorri. Abri a porta e entrei no jardim, fomos pra parte de trás que era lá onde estava acontecendo. Tinha um extenso tapete vermelho no chão, Justin estava lá no fim... Ele seria o começo e o fim da minha caminhada. Eu caminharia até o fim por ele.

Liv, Jazzy entraram juntas na igreja. Uma daminha e uma florista. Justin sem conseguir aguentar chorou, chorou de emoção.

Unconditionally tocava no piano e uma fraca voz da Katy Perry. Justin sorria bobo lá na frente enquanto eu caminhava. 

Oh, não, cheguei muito perto?
Oh, quase vi o que está lá no fundo?
Todas as suas inseguranças
Toda a roupa suja
Nunca me fez piscar uma vez

Justin tinha um sorriso tão lindo nos lábios que a unica certeza que eu tinha no momento era que eu queria ver aqueles lábios sorrindo pra mim pra sempre. Eu queria Justin sorrindo pra mim, eu queria o sorriso dele só pra mim. Eu queria ser a razão de todas as suas felicidades.

Incondicional, incondicionalmente
Vou te amar incondicionalmente
Não há medo agora
Liberte-se e seja livre
Vou te amar incondicionalmente

Eu queria amar Justin sem medo de me arrepender, eu queria amar Justin com todas as minhas forças sem me importar com a merda que seria o amanhã... Eu queria apenas viver o hoje com ele, eu queria apenas viver o presente. Esquecer os momentos ruins e reviver os momentos bons.

Então, venha como você é pra mim
Não precisa de desculpas
Você sabe que é valioso
Eu levarei os seus dias ruins com os seus bons
Vou andar por essa tempestade, eu iria
Eu andaria porque te amo
Te amo

Eu queria ama-ló até os últimos dias da minha vida. Eu quero que o futuro conspire a favor de nós, que o destino esteja de acordo com o coração e com a razão. Eu quero ser o amor que Deus planejou pra Justin. Eu quero ser feliz, como nunca fui. Eu quero ser feliz sem limites, sem motivos pra me arrepender. Eu quero ser feliz ao lado dele. 

Incondicional, incondicionalmente
Vou te amar incondicionalmente
Não há medo agora
Liberte-se e seja livre
Vou te amar incondicionalmente

Quero que Justin abra seu coração pra mim sem medo de errar, sem medo de ser ruim. Eu quero que Justin seja ele. Eu quero que Justin me ame com toda a certeza do mundo, todo o amor. Toda a gratidão, todo sentimento. Quero que Justin me ame com seu coração e com seu corpo. Quero ser de Justin, quero sentir o toque dele. Quero ouvir pra sempre o timbre de sua voz sussurrando que me ama. 

Então, abra o seu coração e deixe isso começar
Abra o seu coração e deixe isso começar
Abra o seu coração e deixe isso começar
Abra o seu coração

Eu não quero que todos aceite, na verdade eu realmente não me importo sobre nada disso. Eu não estou nem ai se alguém aceita ou não minha união com Justin. Eu aceitei, minha família aceitou, meus amigos aceitou. Deus aceitou. O que são as outras pessoas? Eu realmente não me importo.

A aceitação é a chave para ser
Ser realmente livre
Você faria o mesmo por mim?

Eu me importo de acordar e não ver ele mais ao meu lado, eu me importo de não poder mais ouvir o quanto ele me ama, o quanto ele é grato por minha existência. Eu me importo de não poder ver ele nunca mais se divertindo. Me tocando. Me fazendo sua.


Incondicional, incondicionalmente
Vou te amar incondicionalmente
Não há medo agora
Liberte-se e seja livre
Vou te amar incondicionalmente
Oh sim

Parei em frente a Justin, ele me abraçou com força e eu pude ouvir um coro de "awn". Meu coração acelerou quando Justin disse que me ama, meus corpo tremeu quando ele tocou minha cintura roubando um selinho meu. Papai fez o que todo pai faz "se não cuidar dela, eu quebro sua cara". Vi Justin sorrir e me lembrei do passado. Me lembrei do quanto ele me fazia feliz naquele tempo, e que ainda faz. Qual mais certeza que eu tenho que ele não é o homem da minha vida? Nenhuma. Eu acredito mais que tudo que Justin me ama mais do que qualquer coisa.

-Você está tão linda... Oh meu Deus, eu prometo nunca fazer você se arrepender disso.
-Eu sei que não vai. Você está tão lindo nesse smoking. Eu acho que eu estou me apaixonando de novo.
-De novo?
-Por você eu me apaixono todos os dias.

O pastor começou a falar alguns versículos da bíblia, tipica coisa de casamento. Mas eu não conseguia prestar atenção em nada, eu apenas conseguia ver o quanto o sorriso do meu marido é maravilhoso.

 -Eu prometo continuar te amando e sendo fiel na alegria, na tristeza, na saúde e na doença. Até os últimos dias da minha vida. -Repeti o que Justin disse e ele sorriu.
-Eu renovo diante de Deus meu compromisso feito á 8 anos atrás. -Disse e Justin sorriu.
-Eu prometo... -Ele sussurrou.
-Sendo assim, os casados podem se beijar. -O pastor disse finalizando a cerimonia.
-Eu preciso te dizer algo... -Disse empurrando os ombros de Justin.
-Por favor, me diz que não tá desistindo. -Ele disse desesperado e eu todos riram.
-Você vai ter que decidir se vai continuar depois do que eu vou te dizer...
-Não vai me dizer que você está grávida? -Disse e eu fiquei em silêncio.- Jennifer, você está grávida?
-Sim. E são gêmeos. -Disse sem o encarar.

Vou te amar... Vou te amar...

Mesmo eu sabendo que não era minha culpa eu achei que Justin me odiaria mas ele me mostrou o contrário quando seus olhos brilharam de lágrimas, ele sorriu aberto e me abraçou com força me agradecendo sem parar. Ele chorava e todos batiam palmas.

-Obrigada Jennifer Bieber, obrigada por me fazer o homem mais feliz do mundo.

Na vida temos muitos altos e baixos, você passa pela vida sendo feliz, triste e até mesmo sem humor. A cada momento na vida é uma coisa diferente.

Sempre tem uma coisa que te faz viver e outra que acaba com você.

Justin e eu, apesar de tudo que passamos hoje eu sei o verdadeiro valor que eu sempre tive que ter dado pra ele e ele pra mim. Pode ter acontecido mil coisas ruins com nós dois mas o amor sempre falou mais alto. o EU TE AMO destacado e gritado sempre falou mais alto para ambos lados.

Você passa pela vida sem ter noção do que vai te acontecer daqui pra frente mas você também sabe que tem que reagir e seguir em frente.

A vida é uma verdadeira grande -feliz triste- escalada, mas eu nunca reclamei até porque sabia que quando chegasse ao topo dela dizendo que ganhei a vista seria linda.

E eu ganhei.

A vista é realmente linda, esplêndida.

Eu botei tanta fé nesse amor que hoje eu posso dizer que somente a morte nos separará.

Amar é como uma droga, o amor faz com você a mesma coisa que a droga faz; Você tira uma casquinha e quando vê já está totalmente químico daquela pessoa que você tanto ama. A droga tem apenas uma diferença do amor, quando você absorve ainda mais, você se sente ainda mais vivo e feliz por saber que você é capaz de amar alguém. Já a droga te destrói a cada dia que passa.

Se amar é uma droga eu quero morrer me drogando.

Se amar é uma droga eu quero morrer da overdose do amor.

Eu serei eternamente grata a Justin por ter me proporcionado esse amor, louco e fajuto mas que eu não trocaria por nada nesse mundo.

Eu sou eternamente e loucamente viciada nessa droga de amor.

E no final, tenho uma única certeza; Tudo deu certo

-A gente pode ter quantas vidas a gente quiser, contanto que a gente passe todas elas juntos eu não vou me importar.
-Vou te amar incondicionalmente.


...

Continua


QUEM NÃO ENTENDER ESSE CAPITULO, RELEIA O 79= NUNCA ME FAÇA PARAR DE SORRIR! É NECESSÁRIO. 
Eiiiiiiii, olá meus amores <//3 
To odiando vir postar aqui, na verdade não queria nem postar... Vocês podem ter visto isso pelo tempo que eu fiquei sem postar mas como tudo chega a um final, esse final chegou. 
Pra quem não sabe ainda eu estou editando os primeiros capítulos da fic, se vocês quiser ler eu vou ficar bem feliz ♥♥♥ 
Enfim... Eu não vou agradecer muito já que vou estar postando um agradecimento. Então é isso... 
-Epilogo, Lara? Sim, Epilogo. Eu andei pensando muito tempo e cheguei a conclusão de que o final seria junto com o epilogo já que eu ainda tenho capítulos bônus. 
-Capitulo bônus? Sim, terá dois capítulos bônus e mais uma surpresa que irei fazer pra vocês. 
Espero que vocês curtam bastante e deixem o comentário no final do capitulo... Bom, é isso... 
Amo vocês, obrigada por tudo ♥

Irei postar o bonus e os agradecimentos, mas sem data de postagem ♥ 

Favoritem minha nova fic pra não perder contato comigo </3 
https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-sobreviventes-3019321 

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Bye ♥