20/06/2015

Drug Of Love -95- Penúltimo Capitulo



Canada/Stratford
18:21 PM
Justin P.O.V

Jennifer rodeava as crianças em uma toalha enquanto eu ficava a observando, o quanto ela era uma mãe prestativa. Sorri com isso. Peguei Math no colo e Liv foi caminhando pro banheiro, Jennifer foi pro quarto de Math eu segui pra lá também, entrei no banheiro do quarto do quarto de Math. Ajudei Math a se despir e o coloquei ele de baixo do chuveiro.

Ensaboei Math e o lavei, lavei sua cabeça e em seguida o enxaguei. Enrolei Math no roupão e em seguida sequei seus cabelos com a toalha.

-Papai, você vai me trocar? -Assenti.
-Sim Math, por quê?
-Por nada. -Disse e sorriu.


Peguei Math no colo e fui pro quarto, Jennifer arrumava uma roupinha pra mim colocar em Math, em seguida ela saiu do quarto sem nem olhar pra mim e eu me senti visivelmente magoado com isso, não queria que tudo voltasse a ser como antes onde a gente se ignorava e se maltratava. Eu queria que tudo fosse diferente dessa vez, e seria se dependesse de mim.

Troquei Math e desci com ele, Liv estava sentada no sofá brincando com algumas Barbies e eu sorri com a inocência que ainda existia na minha filha, não queria que ela perdesse essa inocência nunca.

Jennifer saiu da cozinha e entrou na sala, se sentando no sofá, sua aparência estava cansada. Quando ela se sentou ela tombou a cabeça pra trás e soltou um suspiro.

-Ta tudo bem, Jenn? -Ela assentiu.
-Eu estou apenas cansada.
-Você fica o dia inteiro andando pra lá e pra cá. Eu já disse que não quero você arrumando a casa.
-Eu sei, mas eu não posso ser tratada como uma doente.
-Jennifer ninguém está te tratando como uma doente, apenas queremos que você tome cuidado com as crianças. Todos queremos que ela nasce saudável. Você tem que parar de pensar somente em você.
-Eu só penso em mim? Você tá falando sério? -Ela disse e se levantou dando uma risada irônico.
-Vocês já vão começar a discutir? Que inferno! Vamos Math, você não merece passar por isso. -Liv disse e se levantou.

Me arrependi logo em seguida por ter começado essa discussão, ainda mais na frente das crianças. Liv pegou Math pela mão e subiu as escadas com ele enquanto o menor permanecia em silêncio.

-Ta vendo o que você fez? -Jennifer perguntou me encarando, brava.
-O que eu fiz? Por favor né, Jennifer? Eu disse apenas a verdade até porque as crianças também são minha, acho que você se esqueceu disso.
-Não Justin, eu não esqueci! Eu não esqueci que o pai dessas crianças é um belo de um babaca que sempre estraga tudo. -Ela disse e eu fiquei em silêncio. Ela respirou fundo e se arrependeu- Justin...
-Ah Jennifer, vai se foder.

Subi as escadas correndo e entrei no meu quarto, bati a porta com força e me deitei na cama enterrando minha cabeça em minhas mãos sentindo as lágrimas caírem. Por que ela sempre tem que lembrar do grande merda que eu sou? Por que eu tenho sempre que se sentir insuficiente quando ela me diz todas essas coisas? É tão doloroso, machuca tanto isso. A porta do quarto abriu e eu senti o lado da cama se afundar.

-Justin...
-Me deixa em paz, Jennifer. Só por alguns minutos.
-Me desculpa.
-Tudo bem.
-Não, é sério! Me perdoa Justin, eu não queria ter dito aquelas coisas pra você. -Disse e eu respirei fundo- Olha pra mim.
-Eu não quero. -Disse fungando.
-Justin... Você está chorando?
-Jennifer, eu to cansado de me sentir o insuficiente pra você. Eu to cansado de me sentir um babaca, de me sentir um marido horrível e um pai horrível. Eu tento mudar Jenn, eu juro que tento. -Disse secando as lágrimas que escorria- Mas eu sempre acabo fazendo merda, sempre acabo me tornando um merda. Eu acho que eu nasci pra fazer merda, eu não nasci pra ter uma família. Eu nasci pra sofrer. -Disse fungando.
-Justin, não diz essas coisas. -Disse com os olhos marejados.
-Eu só estou falando a verdade, Jennifer. -Disse e me levantei.
-Eu não queria fazer você se sentir assim, desculpa...
-Não é você Jennifer, sou eu que faço merda. Sou eu que sempre erro, sou eu que magoo as pessoas.
-Amor, para de falar essas coisas.
-Não Jennifer, chega uma hora que a gente cansa e temos que assumir todos nossos erros.
-Justin...
-Eu magoei meus filhos, você viu? Liv saiu triste da sala por minha causa.
-Ela saiu porque a gente estava discutindo, não é apenas por sua culpa. Chega, pare de se culpar.
-Eu preciso pedir desculpas mas eu sinto que não vai adiantar nada, porque daqui a pouco eu vou magoar ela de novo e vou errar de novo e vou acabar sendo o pior pai do mundo. Eu vou fazer merda Jennifer, você vai se cansar de mim e vai arrumar outra pessoa melhor, Liv vai chamar ele de pai e Math também. Eu vou virar um bêbado idiota e abandonado, vou ir atrás de Liv na escola e os amigos dela vão rir dela por ter um pai como eu, ela vai me humilhar na frente de todo mundo e eu vou querer morrer, ainda mais quando eu ver você com outro homem. -Disse sentindo as lágrimas descendo sem parar.
-Justin, para. Por que você está me dizendo todas essas coisas?
-Eu faço tanta merda Jennifer que é assim que eu me vejo daqui uns anos. -Disse e ela se levantou segurando meu rosto.
-Justin, olha pra mim. -Ela disse com a voz firme me encarando- Eu nunca vou te largar pra ficar com outra pessoa, está me entendendo? Eu nunca vou te abandonar e muito menos arrumar outra pessoa melhor. Você é pra mim, você foi feito pra mim. Você erra, eu erro, você me machuca com palavras e eu te machuco com as minhas. Não me orgulho disso mas se não fosse isso o que seria Justin e Jennifer? Nada. Justin, o que fortalece nosso amor é nossas brigas, você ainda não entendeu isso? A gente briga e quando a gente volta a gente volta três vezes melhor do que a outra vez. O nosso amor é uma droga Justin, mas é dessa droga que eu vivo todos os dias. É dessa droga que eu sou viciada e não é um tipo de droga que eu vou pra clinica de reabilitação e vou me curar. NÃO, eu nunca vou me curar desse amor Justin. Ele não enjoa, ele não é cansativo, ele é viciante. -Disse olhando no fundo de seus olhos- Entendeu?
-Eu te amo tanto. -Disse com um sorriso enorme. Estava sem palavras diante das que ela me disse, eu estava mais apaixonado ainda por essa mulher- Eu erro tanto com você e você é tão boa comigo. O que eu fiz pra merecer você? Eu sou um filho da puta nessa vida, mas eu devo ter sido um padre na outra. -Disse e ela gargalhou.
-Justin, você é tão bobo. -Ela disse e segurou meu rosto- Eu te amo, entendeu? Eu vou pra sempre te amar. Você é único.
-Você nunca vai achar outro igual a mim. -Disse e ela sorriu.
-Eu nunca vou procurar outro igual a você.
-E nem vai precisar. -Disse e sorri- Eu vou estar sempre no seu pé, sua estranha. Mesmo que você me chute.
-Eu nunca vou te chutar, bobo.
-Me beija.

Jennifer atendeu meu pedido tomando meus lábios, segurei em sua cintura e a trouxe mais perto de mim enquanto pressionava meus lábios no dela. Jennifer abriu a boca e sua linguá entrou com rapidez dentro da minha boca. Me sentia bem, ela me disse coisas que me fez ficar feliz e ficar bem. Jennifer é uma mulher incrível, ela sempre traz o melhor de mim, ela me faz um bobo apaixonado.

E eu sempre serei apaixonado por ela.

Sempre.


[...]


-Justin, me ajuda aqui. -Jennifer me chamou na cozinha.

Em segundos eu já estava na cozinha, ela me olhou e deu um pequeno sorriso.
-Diz amor.

-Você pode me ajudar a levar o jantar pra sala de jantar?
-Claro amor, quer que eu leve o quê?
-Pode levar o frango e o arroz. Eu levo a salada. -Disse e eu assenti, com um pequeno sorriso.

Depois do nosso episódio de tarde eu fui conversar com a Liv e então ficamos todos deitados no tapete da sala, conversando coisas aleatórias. Era ótimo pode passar um momento em família com as crianças sem briga nenhuma, sem clima estranho no ar... Apenas nós.


-Você acha que eles vão gostar do jantar, você sabe... Não sou muito de cozinhar, pode ser que não gostem do meu jantar.
-Sua comida é maravilhosa, não entendo o porquê desse medo. -Disse e ela sorriu.
-Obrigada Justin, mas não conta... Você é meu marido! Alias, você contratou uma empregada enquanto eu estava morando com você.
-A Marcela já estava contratada, agora eu dei uma folga pra ela. Mas quando as crianças nascerem eu vou chamar ela de volta, não era nem pra você estar cozinhando.
-É a nossa família, eu queria cozinhar para eles. -Disse fazendo bico- To cansada de me sentir doente só porque eu estou grávida. Eu sou normal, apenas estou com uma criança dentro de mim.
-Apenas...? -Disse e ela riu- É sério Jenn, você sabe como eu sou... Adoro cuidar da minha noiva. -Disse puxando ela pela cintura.
-Noiva é? -Disse sorrindo e em seguida mordeu os lábios.
-Noiva, esposa... Minha mulher. Você é meu tudo, garota. -Disse aproximando nossos lábios.
-Você sabe que eu te amo, né? -Ela disse e selou nossos lábios.
-Não tenho duvida disso.
-Você promete que nunca vai me deixar? -Disso e eu mordi os lábios.

Eu odiava que ainda rolava essa seguração entre ela. Eu não a culpava, eu sabia que era horrível, até porque eu também me sentiria inseguro se ela tivesse me deixado pra ficar com outro e depois pedisse pra voltar. O foda é que nem mesmo eu sei se voltaria com ela.

Eu a amo, mas o que eu fiz com ela eu não me perdoaria.

Mas eu a faria entender que eu cometi um erro grave, mas que eu nunca a esqueceria. Que eu a amaria pra sempre, até o resto da minha vida.

-Eu te amo Jennifer, eu sei que cometi o pior erro da minha vida mas eu não quero que você fique segura em relação a isso. -Disse e ela assentiu mordendo os lábios fortemente- Você confia em mim?
-É claro que eu confio, senão não estaria contigo.
-Então se entrega, sem medo de se arrepender de novo. Sim? -Ela assentiu.


A campainha tocou e ela sorriu, e subiu quando escutou o grito da Liv. Abri a porta e era meus pais, sorri e abracei mamãe de lado e fiz um toque com meu pai.


-Onde a Jennifer está?
-Liv chamou ela, ela já desce.
-E como vocês estão? -Jeremy perguntou me encarando.
-Estamos bem. Obrigada por perguntar.
-Eu sinto que agora vai. -Pattie sorriu.

Escutei a campainha tocar e eu abri a porta, os pais de Jennifer estava ali. Jared me olhou e fez um aceno com a cabeça e entrou, já Rose me olhou, deu um sorriso e me abraçou.


-Oi gente. -Rose disse cumprimentando todos, assim como Jared.
-Cadê a Jennifer? -Jared perguntou me encarando.
-Eu estou aqui. -Jennifer disse descendo as escadas de mãos dadas com Math.
-Pai, mãe. -Ela disse e os abraçou- Jeremy, Pattie. -Ela disse e os abraçou com força.
-Querida, está linda. -Jared disse.
-Obrigada pai, você também está lindo. -Ele fez um sinal banal e ela riu.

Abracei a cintura de Jennifer e logo em seguida Liv desceu.


-Vovós. -Ela disse e saiu correndo abraçando as duas mulheres.
-Querida, está tão linda com esse vestido. -Jeremy disse.
-Obrigada vovô, Jeremy. -Disse e abraçou ele com força.
-Como está a escola, meu amor? -Jared perguntou.
-Bem, vô.
-Gente, senta. Por favor. -Jennifer disse envergonhada.

Todos atenderam seu pedido e a conversa começou a fluir. Os pais de Jennifer conversava com as crianças sobre escola e meus pais também. Logo depois veio o assunto do meu relacionamento com Jennifer e os asseguramos que estávamos indo bem e que nos casaríamos novamente, em breve. Bem em breve.

Pelo pedido de Jennifer só esperaria o bebê crescer, já que ela mesmo disse que não queria parecer um botijão vestido de pessoa. E eu atenderia seu pedido, eu queria que tudo fosse perfeito.

Eu mal podia acreditar que a gente se casaria de novo, é uma coisa tão estranha... Nunca achei que veria Jennifer novamente em um vestido de noiva. Só que eu estava tão feliz por isso, ela me perdoou novamente.


-Que tal irmos jantar agora? Eu estou faminta. -Jennifer disse e todos riram.
-Eu também estou morta de fome. -Mamãe disse e Jeremy sorriu a olhando.


Eu ficava tão feliz em saber que eles estavam bem. Me lembro até hoje quando eles se separaram, foi alguns dias depois da Liv nascer. Pattie sofreu tanto quando Jeremy apareceu lá em casa com Erin, mamãe os recebeu bem mas eu lembro que quando ela ficou sozinha na sala ela caiu no choro como nunca. Meu pai depois de algum tempo apareceu pedindo desculpas e dizendo que sabia que tinha errado, mamãe tinha achado que ele estava a pedindo de volta, mas ele disse que amava Erin e que apenas estava pedindo desculpa porque sabia que estava errado. Mamãe aceitou seu pedido de desculpas e tentou conviver bem com ele, mas eu percebia o quanto ela o amava, e foi quando meu pai estava pronto pra se casar com Erin que mamãe se mudou pra Londres dizendo que precisava se manter longe dos problemas. Eu odiei meu pai por ter feito isso com ela, mas só agora eu percebi que fiz a mesma coisa com a Jennifer.

-Você está bem? -Jennifer perguntou me encarando. Percebi que só estava nós dois na sala.
-Sim, eu só estava pensando... -Disse a encarando e em seguida dei um pequeno sorriso.
-Em que? -Ela perguntou me encarando.
-Quando minha mãe foi embora porque meu pai casou com a Erin. -Disse e mordi os lábios- Eu odiei ele.
-Ta tudo bem agora meu amor, bola pra frente. Entendeu? -Disse e ele sorriu.
-Eu sei amor, eu segui em frente... Eu apenas estava me lembrando do quanto foi doloroso pra ela. E só agora eu percebi que fiz o mesmo com você.
-Justin, vamos parar de falar sobre isso. Eu não gosto de remexer no passado e nem gosto de lembrar sobre isso. Vamos viver e apagar esse passado chato da nossa vida? Eu amo nosso passado, nosso presente e nosso futuro mas odeio essa parte dele. Vamos por favor esquecer disso? -Ela perguntou me encarando com uma carinha triste.
-Claro, me perdoa. -Disse e ela assentiu sorrindo.
-Agora vem, vamos jantar.

Nós fomos pra cozinha, comemos a comida de Jennifer que estava maravilhosa e acabou rendendo uma série de comentários a elogiando e uma Jennifer completamente vermelha.  Depois do jantar nós comemos a maravilhosa e famosa torta de Jennifer, eu amava aquela torta com todo meu coração, mesmo não curtindo muito chocolate.

Depois nossos pais foram embora e eu subi com as crianças, dei banho em Math e Jennifer ajudou Liv a se arrumar. Mais tarde fui pro quarto e Jennifer estava sentada na cama apenas de camisola.

-Amor...
-Justin. -Ela disse fazendo manha- Eu estou morrendo de dor...
-E...?
-Me faz uma massagem, por favor? -Disse fazendo biquinho. Seria incapaz de negar isso a ela.
-Claro, deita ai.

Jennifer tirou a camisola e deitou na cama com os peitos pra baixo e com a bunda empinada. Me sentei perto dela e massageei sua bunda escutando um ruído dela. Em seguida fui subindo minhas mãos e comecei a fazer uma massagem em sua costa, as vezes descia e massageava sua bunda.


-Gostosa... -Cantarolei.
-Idiota. -Disse e riu.


Continuei massageando a costa de Jennifer e em seguida ela se virou com os seios amostra pra cima. Massageei o pé de sua barriga enquanto meu olhar permanecia nos seus seios volumosos. Fiz massagem em seu corpo inteiro, logo depois Jennifer se vestiu e sorriu marota quando me viu de pau duro.


-Boa noite, amor.
-Boa noite... -Murmurei chateado, achei que transaríamos hoje.

Quando percebi que Jennifer já dormia eu fui pro banheiro, me despi e liguei o chuveiro. Encostei a cabeça na parede enquanto tentava esquecer a cena do quarto, mas não adiantava. Comecei a movimentar minhas mãos sobre meu pênis me masturbando lentamente enquanto sussurrava coisas quentes. Quando gozei, desliguei o chuveiro e me vesti. Deitei na cama e abracei a cintura de Jennifer, tentando não ficar duro mais uma vez.


-Ei amor... Bom dia.


Pra mim não tinha coisa melhor do que acordar com os beijinhos de Jennifer sobre meu rosto. Ela era tão maravilhosa.


-Bom dia... -Disse de olhos fechados.
-Acorda dorminhoco. -Disse com a voz divertida.
-Eu quero dormir.
-Você dormiu muito tarde ontem? -Abri meus olhos e neguei. -E foi difícil pra você conseguir dormir? -Ela perguntou me encarando com a voz divertida.
-Não... Por que seria?
-Alguém foi dormir de pau duro ontem...
-Eu ainda tenho duas mãos, Jennifer. -Disse sorrindo.
-Ai como você é fofo, até me mata de tanta fofura.

[...]

-JUSTIN, CARALHO!

Quando escutei o grito de Jennifer foi em segundos pra mim estar no quarto. Ela estava sentada segurando seu notbook na mão. Quando vi que ela estava bem eu coloquei a mão no peito respirando fundo. Senti um nervosismo enorme, achei que algo tinha acontecido com ela.

-Jennifer, caramba nunca mais faz isso.
-Amor... Corre aqui. -Ela disse com um sorriso enorme.
-O que foi? -Disse caminhando até ela.
-Eu fui chamada pra uma sessão fotográfica.
-Sério? Que legal, amor. Você vai?
-Claro, né Justin? Fui chamada pra uma sessão fotográfica grávida.
-É sério? -Fingi entusiasmo. Não queria que ela saísse da cidade.
-Amor, o que foi? Você não quer fazer?
-Oi?
-Você também foi convidado pra fazer comigo. -Disse e mordeu os lábios.
-Eu... Jennifer, eu não gosto dessas coisas! Você sabe...
-Tudo bem então, deixa pra lá. -Ela disse forçando um sorriso. Assenti incomodado.

Me sentei na cama, fiquei observando ela. A felicidade que estava nela quando ela me contou já não existia mais, quando ela me olhava forçava um pequeno sorriso.


-Você está chateada?
-Não, claro que não. -Ela disse e deu uma risadinha- Ta tudo bem, não quero discutir com você por coisas bobas. Quero ficar bem com você. -Ela disse e sorriu fraco.


Ela fechou o notbook, e sorriu pra mim. Me deu um selinho e em seguida desceu. Ta tudo bem Justin, ela mesmo disse... Mas, o que tem demais só algumas fotos? Eu abraçando Jennifer grávida, eu mostrando pro mundo que ela é minha. Ta, tudo bem! Agora eu me animei.

Desci correndo e a vi sentada no sofá olhando pra TV onde era um canal de fofocas.

-Jennifer...
-Oi? -Ela disse e me olhou.
-Tudo bem, podemos fazer. -Ela abriu um sorriso enorme e eu me senti bem por isso.
-É sério Justin?
-Claro amor, eu agora estou entusiasmado. Por favor, vamos fazer.
-É claro amor, é tudo que eu mais quero. -Ela disse e me deu um sorriso.
-Você sabe que por você eu faço tudo, né? -Ela assentiu.

Alguns dias depois

Jennifer entrava nos seus oito meses de gravidez. A barriga dela estava enorme, era uma coisa surreal. Pesquisei na internet pra ver barriga de gravida aos oito meses e vi barrigas maiores que a delas. A dela não era aquele tipo de barriga enorme, esticada pra frente e com a ponta meio caída. Era bem esticada e com as pontas avantajadas. Era linda, eu adorava ficar passando a mão em sua barriga e conversas com as crianças na maior parte do meu dia. Eu ficava basicamente o dia inteiro agarrado a Jennifer e dizendo pras crianças o quanto eu as amava. Liv, estava amando a sensação de que iria ter uma irmãzinha nova, por mais que ela tenha ficado com ciumes, conseguimos colocar na cabeça dela que nada nunca mudaria. Ela continuaria sendo nossa princesinha, mas não a única. Math estava cada vez mais animado em saber que iria ter um novo irmãozinho. Eu estava pulando de alegria, mais um homem pra família. Sabe o quanto isso é bom?!

E hoje nós estávamos indo na agência pra fotografar o casal Bieclark, sim, por mais que o nome é estranho tinha sido apelidado por alguns de nossos fãs. Sim, eu descobri que tenho fãs e que Jennifer tem milhares de fãs clubes. Isso foi tão estranho de descobrir, nunca tinha nem imaginado todas essas coisas. 

-Jennifer, se você não quiser se atrasar é melhor descer logo!
-Já estou indo, amor. -Ela gritou de lá de cima.

Já tinha escutado "Já estou indo" umas trintas vezes só hoje. Cansado, me sentei no sofá e fiquei mexendo no meu celular. Logo ela desceu com um vestido e uma sapatilha. Seus cabelos estavam enrolados nas pontas e ela tinha uma maquiagem fraca.

-Você está linda.
-Obrigada, amor. Vamos?
-Claro, estou querendo isso faz uma hora.
-Exagerado.
-Não é exagero, realmente, faz uma hora que eu estou te esperando.
-Ninguém mandou você tomar banho mais cedo.

Encarei descaradamente sua bunda enorme se movimentando em direção ao carro. Ela entrou no passageiro e eu no motorista. Fomos conversando até a agência. O que tinha me deixado feliz é que é uma agência aqui mesmo em Stratford, pelo menos não teríamos que correr pra outro país, tinha medo do filho da Carla ou da Beca resolver nascer.

Sim, as duas estavam no nonô mês. Carla estava morrendo de medo, mas eu prometi pra ela que tudo ficaria bem. Alias, as duas estavam em consulta com a Dra.Julie. 

Quando chegamos na agência eu ajudei ela a descer do carro e ela agradeceu. Tranquei o carro e dei-lhe a mão caminhando para dentro da agência. Jennifer falou algumas coisas com a recepcionista que sorriu e a elogiou dizendo que era uma gravida linda.

-Obrigada. -Agradeceu Jennifer, totalmente sem graça para a recepcionista. Caminhamos em direção ao elevador e ela sorriu- Você viu, Justin? Ela disse que eu sou uma grávida linda.
-Eu sempre digo isso a você.
-Mas você não vale, você é meu marido.
-Isso mesmo, o que vale é seu marido achar você linda.
-Mas você pode dizer que eu estou linda só pra não me deixar triste. -Ela disse e eu ri negando.
-Você nunca ficaria feia, nunca.

Jennifer sorriu pra mim e me deu um selinho nos lábios. As portas do pequeno-inferno se abriram e eu saí de lá com Jennifer rindo, eu tinha até esquecido que eu estava em um elevador, Jennifer tinha me descontraído sem eu nem ao menos saber.

Caminhamos em direção a outra recepcionista que estava ali, mas uma voz nos chamou.

-Senhor e senhora Bieber? -Um sorriso abriu-se no meu rosto. Sim, ela é a minha senhora Bieber.
-Paul? -Jennifer perguntou, abrindo um pequeno sorriso.
-Eu mesmo. Vejo que são pontuais, já gostei de vocês. -Ele disse e se aproximou- Bem vindos a nossa agência, obrigada por concederem ao nosso pedido. Prometo que terão o melhor tratamento e não irão se arrepender.
-Eu tenho certeza disso! -Jennifer disse e eu sorri, minha mulher é tão educada.
-Queira me acompanhar? A sala já está totalmente pronta pra uso, estávamos apenas esperando vocês. -Assenti- Biebers, vocês podem ir para o provador se vestirem. Tem a numeração dos figurinos, deixei apenas um provador. Tem problema?
-Não, claro que não. -Disse estranhando aquilo. Ele achava que eu transei com a Jennifer de roupa.
-Ok, então... É isso! Se vocês não se incomodarem eu posso mandar algumas pessoas saírem da sala.
-Quanto menos melhor. -Disse eu e olhei pra Jennifer, que assentiu concordando.

Caminhei de mãos dadas com Jennifer até a sala e ela abriu a porta. Caminhamos até o closet e abrimos a porta vendo três figurinos para cada. Ela retirou o figurino um e eu arregalei os olhos. Era apenas um sutiã e uma calcinha.

-O quê? Você vai usar só isso?
-Justin, você sabia que iriamos usar roupas intimas.
-Eu achava que ia ser uma coisa mais... Grande! Olha esse sutiã, deixa seu peito praticamente todo pra fora e essa calcinha nem fala né, olha o tamanho desse pedaço de pano.
-Justin, menos. Ou você está com medo de ficar de pau duro enquanto fotografa comigo? -Disse e eu arregalei os olhos.
-Mas o quê...?
-Shiu! Coloque sua box e fique quieto.

Bufei mas fiz o que ela disse. Coloquei a box da Calvin Klein vermelha e observei Jennifer colocar sua lingerie branca. Porra, ela está tão gostosa. Jennifer vestiu o robe e em seguida colocou um roupão e eu fiz o mesmo. Em seguida saímos da sala e caminhamos até o estúdio de fotos. Já estava tudo preparado lá e eu corei quando vi que tinha algumas pessoas na sala, em volta de umas dez. 

Primeiro eles chamaram Jennifer e tiraram várias fotos dela, com a mão na barriga, sorrindo, apertando os seios. Depois eles me chamaram e eu caminhei até ela, tirei o roupão o que gerou alguns grunhidos de umas mulheres que estava ali e Jennifer olhando pra elas com cara feia. Tiramos várias fotos juntos, eu segurando a barriga dela, eu de joelhos beijando sua barriga, eu abraçando Jennifer por trás, nós dois sentados no chão e eu atrás dela. Em seguida o diretor mandou ela tirar o sutiã e eu olhei feio, mas ele disse que eu teria que tampar com meus braços.

Abracei Jennifer por trás e passei meus braços na frente dos seios dela. Depois tirei dando alguns beijinhos em seu pescoço. 

Em seguida fomos pro camarim e eu coloquei uma calça jeans e fiquei sem camiseta e ela estava com uma lingerie vermelha. Quando voltamos eu me deparei com uma cama no estúdio, tiramos várias fotos; eu no meio das pernas dela acariciando sua barriga, outra de nós se beijando e depois eu atrás dela. Depois tiramos fotos com roupas normais que era um vestido pra ela e pra mim a mesma calça jeans e uma blusa de botões abertas. 


Quando saímos já era tarde, por volta das cinco horas da tarde, isso que tínhamos saído de casa ás uma e meia. Mas não tinha com o que se preocupar, mamãe estava com Math e Liv.


Enquanto eu dirigia ouvi meu celular tocar e Jennifer pegou o atendendo, olhei pro seu rosto que tinha seus olhos arregalados, ela deu um grito o que me fez levar um susto. Jennifer desligou o celular depois de alguns segundos falando nele.

-JUSTIN, VAMOS PRO HOSPITAL CENTRAL AGORA! CARLA VAI TER O BEBÊ.

Sem dizer nada eu corri pro hospital, estava assustado, minha irmã iria ter seu primeiro filho e eu tinha que estar lá.

Jennifer abriu a porta do carro e eu tranquei o carro e sai correndo atrás de Jennifer, entrei no hospital e vi que Chaz estava ali junto de Beca.

-E ai gente? -Fiz um toque com Chaz.
-Ela entrou faz alguns minutos, creio eu que não vai demorar muito pra nascer. Ela chegou com as contrações de cinco e cinco minuto e a bolsa estourou muito rápido.
-E Ryan?
-Entrou com mais medo que a Carla, ele não vai aguentar sem desmaiar.

Duas horas se passou. Vi Ryan vir em nossa direção com o rosto lavado de lágrimas e ele estava sorrindo, pelo menos isso era bom.

-Ryan? Cara, e ai?
-É uma menina, cara! Uma garotinha muito linda. -Ele disse e limpou as lágrimas.
-Parabéns irmão! -Disse e ele me abraçou- Prometo que um dos meus filhos vai pegar sua garotinha. -Disse e ele me soltou e deu um soco no meu braço.
-Filho da puta, -Disse e riu- Eu mato o cara que pegar minha filha. -Disse rindo
-Eu só quero ver.

Ryan nos puxou pro berçário e de longe mostrou sua filha, loira e dos olhos azuis. Ela era linda e eu mal podia esperar pra ver a cor dos olhos de Ashley e Cameron.

Jennifer entrou pra sala pra visitar Carla e eu fiquei na sala de espera, só podia duas pessoas visitar e o pai e pelo o que eu soube Alex estava vindo pra cá, eu só esperava não ter que trombar aquele filho da puta.

Vi Chris entrando com Lissa e a mesma foi na recepcionista junto com Chris, ela foi pra sala de emergência e Chris veio na minha direção. Não me atrevi a olhar pra ele, eu estava puto com o fato dele gostar da minha mulher. E ele sabia que eu estava puta com ele, Jennifer tinha contado a ele.

-Por que a Lissa entrou lá? -Chaz perguntou gesticulando com o dedo.
-Porque ela tava vomitando muito e até desmaiou.
-Isso que dizer que tá vindo um garotinho ou uma garotinha por ai.
-Cara, não fala isso nem brincando! Isso me deixa mais que nervoso. O que vocês estão fazendo aqui?
-Karina nasceu.
-E vocês não me avisaram? Muito obrigada pela consideração. -Ele disse revirando os olhos.
-Seu celular estava desligado.
-Putz, é mesmo! -Disse e eu revirei os olhos- E ai Justin. -Ele disse sem graça. Não respondi. -Cara, até quando você vai ficar assim comigo?
-Até quando você ia esconder de mim na maior cara de pau que você gosta da minha mulher?
-Eu gostava dela, Justin. Não gosto mais. -Disse e eu bufei- Eu gosto da Lissa.
-"Por mais que eu esteja com a Lissa e ame ela você sempre estará em um lugar no meu coração." 
-Justin, eu não tenho culpa de já ter gostado da Jennifer um dia. -Ele disse e eu bufei rindo com deboche.
-Ela é minha mulher Christian, minha! Você nunca irá poder provar o mesmo que eu provo, você NUNCA irá beijar a boca que eu beijo. Eu não me importo se você gosta da Jennifer porque é a mim que ela SEMPRE vai amar. 
-Você o que, Chris? -Disse e eu me virei vendo Lissa, parada com os olhos cheios de lágrimas- Você gosta da Jennifer? -Ela perguntou olhando pra Chris, que abria a boca sem ter o que falar. -Traidor, falso e idiota. Isso que você é! -Ela disse e saiu correndo.
-Muito obrigada Justin, muito obrigada mesmo. -Ele disse e saiu da sala. 
-Justin... -Bella disse.
-Eu sei que é culpa minha. -Disse olhando pra ela.
-Ta tudo bem, você não sabia que ela estava vindo. -Ela disse e passou a mão pelos meus braços- Ta tudo bem.
-Se afasta dele, Isa. -Chaz disse fingindo estar com ciumes.
-Para de ser bobo. -Ela disse e selou os lábios dele.
-Vamos, amor? -Jennifer disse aparecendo atrás de mim. -Ryan, Carla quer que você fique no quarto junto a ela.
-Ah claro, até logo gente. -Disse se despedindo e logo em seguida saiu.
-Vamos, bebê? -Perguntei abraçando Jennifer pela cintura.
-Como foi o ensaio? -Bella perguntou ansiosa.
-Foi ótimo. Você deveria marcar um. -Disse Jenni e Bella riu.
-Nós podíamos mesmo né bebê?
-Eu não sou musculoso igual ao Justin não, Bella! Nem inventa. -Disse e ela gargalhou.
-Pensando melhor... Melhor deixar pra lá mesmo. -Disse e eu ri.
-Vamos, amor? -Ela assentiu.
-Tchau, gente. Até logo.
-Tchau, se cuida. -Bella disse a abraçando.
-Se prepara Bellinha, logo logo é você aqui em Bella.
-Espero que seja logo, não aguento mais! -Disse e eu assenti sorrindo.

Fomos até o carro e eu me sentei no mesmo com Jennifer, segurei suas mãos enquanto diria até a casa da minha mãe. Respirei fundo e revirei os olhos. Sabia que teria que contar pra ela, não queria esconder mais nada de Jennifer e nem mesmo brigar com ela por coisa banais. Não queria que ela soubesse pela boca de outras pessoas.

-Jennifer... Acho que preciso te contar uma coisa.
-Não me chama de Jennifer, me chama de amor ou Jenni.
-Você nunca se importou com isso... -Disse e ela sorriu.
-Mas agora eu me importo.
-Tudo bem. -Disse e pisquei pra ela- Amor, eu acho que preciso te contar uma coisa.
-O que é? Já estou até com medo de saber. -Disse e eu ri.
-Não é nada que vá te magoar, mas pode ser que faça a deixar com raiva de mim. -Disse e ela gargalhou alto.
-Fala logo, Justin! Sem enrolações.
-Chris apareceu lá no hospital com a Lissa, ela foi pra sala de emergência porque estava vomitando muito e...
-Ai caramba! Será que ela está grávida? -Disse sorrindo- Pode ser que seja, né?
-Eu também pensei nisso... -Disse e respirei fundo olhando pra frente.
-Continue, Justin...
-E então ele veio falar comigo e começamos uma pequena discussão sobre você e sobre ele "gostar" de você. Eu falei coisas que não deveria e Lissa acabou por escutar. -Disse e encarei ela com estava me olhando com cara de cansaço.
-Justin... O que ela ouviu?
-Eu falando que ele gosta de você...
-Justin, você não deveria ter feito isso. -Disse e respirou fundo- Caramba, já estava tudo certo! Eles se acertarem, eu conversei com ele e esclareci coisas e você simplesmente vai e joga tudo em cima dele? Porra Justin! Eu e você brigamos por causa disso, fizemos as pazes. Você deveria saber que a qualquer momento Lissa aparecia ali.
-Eu não pensei nisso, me desculpe!
-Não é comigo que você tem que se perdoar. -Ela disse e eu assenti. 

Quando chegamos na casa do meus pais, Jennifer desceu e buscou as crianças. Depois de longos minutos vi as crianças virem em direção ao carro com Jennifer as segurando. 

-Oi, papai. -Liv disse e beijou minha bochecha.
-Oi, pai. -Math beijou meu rosto.
-Olá crianças.

Jennifer os ajustou no carro e logo depois estávamos indo em direção a nossa casa. 

1 Semanas depois

E mais uma vez estava correndo a caminho do hospital mas tinha uma mulher grávida gritando com dor no banco de trás enquanto seu marido dizia a ela que tudo iria ficar bem. Não, não é Jennifer de quem eu estou falando e sim de Bella. A bolsa dela estourou e ela teria o filho agora, hoje. Aquilo me deixava em pânico por simplesmente saber que daqui a algumas semanas seria eu entrando em todo esse pânico. 

Eu consegui conversar com Christian e dei sorte de pegar Lissa junto, acabei por conversar com eles dois juntos. Disse a Lissa que eu falei aquilo da boca pra fora e me precipitei. Alias, Lissa foi para o hospital aquele dia por causa do vomito e a causa do vomito é a gravidez. Sim, Lissa realizou finalmente seu sonho, ela estava prestes a casar e estava grávida. Conversei com Christian e pelo o que e vi ele estava muito animado.

Por fim eu sabia que tudo ficaria bem.

Canada/Stratford
15:25 PM
Jennifer P.O.V

Justin estacionou o carro em frente ao hospital e igual a um vulto Chaz saiu do carro correndo com Bella nos seus braços. Ele estava em pânico e Justin também estava, pra mim já era normal. Passei por isso duas vezes e teria que passar mais uma vez. 

Desci do carro e entrei na sala de espera, Justin foi em direção á recepção e eu me sentei no sofá. Só ai percebi que Chris e Lissa estavam lá, ela estava um pouco estranha comigo mas eu sabia que aquilo era normal. Não gostaria de saber que Justin já gostou de uma das minhas amigas, por mais que isso não tenha acontecido. Odiei Tracy quando soube que ela e Justin tiveram um caso. 


-Oi gente.
-Oi. -Chris disse sorrindo- E ai, cadê o Chaz?
-Entrou correndo dentro da emergência. Daqui a pouco vão expulsar ele de lá porque ele não pode ficar até a hora do...
-MAS ELA É MINHA MULHER, EU PRECISO VER O PARTO DELA. -Chaz saiu da sala de emergência gritando.
-Senhor, nós vamos te chamar quando checarmos a dilatação dela e quando ela estiver pronta para o parto. Sem gritaria que isso aqui é um hospital. -Ele disse e fechou a sala de emergência. 
-Chaz, se acalma. Daqui a pouco eles vão te chamar.
-Não queria deixa-la sozinha lá. -Ele disse e passou a mão no cabelo.
-Está tudo bem, daqui a pouco eles irão te chamar. 
-Eu estou com medo de perder ela, você sabe... É gravidez de risco.
-Está tudo bem, Chaz. Ela irá ficar bem. -Disse e ele secou as lágrimas assentindo.
-Cadê o Justin? -Ele perguntou olhando a sala de espera.
-Ele está na recepção organizando a internação da Bella. -Chaz assentiu.
-Não sei o que eu faria sem vocês. Maldito carro que resolve quebrar logo quando minha mulher vai ter um filho.
-Está tudo bem, ele e ela vai ficar bem.
-Eu espero que fique mesmo, Jenn... Eu estou com um pressentimento ruim. Nunca aguentaria ficar sem minha Bella e meu filho aqui.
-Eu sei que não. Está tudo bem, ela está sendo bem cuidada. 
-Senhor Charles Somers? 
-Eu! -Chaz levantou a mão.
-Você irá assistir ao parto?
-Que pergunta é essa? -Ele disse irônico- Obvio que eu vou.
-Queira me acompanhar, por favor.
-Boa sorte, Chaz.
-Obrigada Jenn.

Esfreguei uma mão sobre a outra e me sentei no sofá, não me sentia bem e tudo tinha piorado a partir do momento que Chaz disse que estava com um pressentimento ruim. Justin chegou na sala e eu respirei fundo.

-Cadê o Chaz? -Perguntou se sentando ao meu lado.
-Foi assistir ao parto. -Disse e ele assentiu.
-Está tudo bem? -Assenti, contrariada. 

Foram longas horas esperando. Justin tinha ido na cafeteria buscar um café com Lissa e eu estava sentada no sofá sentindo um frio enorme na barriga, eu estava com um pressentimento horrível e a cada minuto que passava esse sentimento só aumentava e eu já estava prestes a chorar de tanto medo. Ryan não podê vir porque estava cuidando de Carla, mas prometeu que iria visitar as duas quando possível. Mais alguns minutos torturantes se passaram e logo eu vi Chaz sair chorando da sala, meu mundo inteiro desmoronou ao perceber que ele não chorava de felicidade e sim de tristeza. Senti minhas pernas tremerem mas fui incapaz de me levantar, quando eu vi Chaz se segurar na parede eu sai correndo e o abracei, Christian levantou como se não estivesse entendendo nada. 


-Chaz, o que foi? Por que você está chorando dessa forma? -Perguntei assustada, ele soluçava.
-Eles me fizeram escolher Jenn, me fizeram escolher. -Disse se sentando no chão.
-Escolher o que, Chaz?
-Eles me fizeram escolher entre um dos dois. -Disse e eu senti as lágrimas caírem.
-E o que você escolheu?
-Eu escolhi o meu filho. -Ele disse e soluçou- Minha mulher está morta, Jennifer! Não ficou tudo bem, não está tudo bem, Bella esta morta! A MINHA MULHER ESTÁ MORTA E É TUDO CULPA MINHA. -Ele disse e começou a chorar.
-Não é culpa sua, Chaz. Não é. -Disse chorando junto com ele.
-Eu queria poder escolher ela mas eu sabia que escolheria o errado. Ela me fez prometer que eu escolheria o bebê. Ela me odiaria, Jenn.
-Chaz, vai ficar tudo bem. Foi o melhor,ela está em um lugar melhor agora.
-Mas esse lugar não é comigo, Jenn! Eu nunca achei alguém que eu amasse e quando eu achei não durou nem quatro anos porque minha mulher morreu por minha causa. A gente ia se casar Jenn... -Disse chorando sem parar- Íamos se casar. 

Eu sabia que aquele era o pressentimento ruim, eu tinha certeza que alguma coisa ruim aconteceria. Mas eu não sabia que seria tão ruim. Me sentei ao lado de Chaz e puxei sua cabeça contra meu colo e ali ele deitou começando a chorar, fechei meus olhos com força e comecei a chorar em silêncio. Mais uma pessoa importante pra mim tinha morrido e essa pessoa era minha amiga. Eu não queria acreditar naquilo.

Chaz se agarrava a mim e eu sentia meus olhos encherem de lágrimas cada vez mais e sem conseguir me segurar eu comecei a chorar, agarrando a nuca de Chaz. 


-Eu quero ela de volta. Por que você a tirou de mim, Deus? Traz a minha mulher de volta, por favor. -Chaz sussurrou chorando. -Eu não vou aguentar, Jenn! Não vou...
-Eu estarei aqui. Eu prometo. -Disse e ele se agarrou mais a mim.
-Chaz? Jenn?
-Justin... -Chris o chamou.

Observei a feição de Justin se mudar para uma dolorosa enquanto Chris dizia algumas coisas pra ele. Justin se aproximou de mim e de Chaz e passou a mão na costa do amigo, o consolando.

-Justin... Eu quero a minha mulher de volta. -Chaz disse chorando.
-Eu preciso de um ar.

Sai do hospital e caminhei até o estacionamento, me encostei no carro e comecei a chorar sentindo um peso enorme na minha costa. Não quis chorar auto na frente de Chaz pra não parecer fraca, ele precisava de pessoas fortes ao lado dele. Eu chorava pela morte de Bella e pelo pressentimento ruim que estava dentro do meu peito. Deus você já levou Bella, o que mais você quer levar?

Sequei algumas lágrimas e depois de longos minutos que eu estava ali, ia caminhar até a entrada do hospital mas senti um puxão no meu cabelo e de impulso gritei o nome de Justin.


-JUSTIN!
-Não grita sua vagabunda, ou eu não medirei esforços pra enfiar essa faca na sua barriga. -Disse uma voz no meu ouvido. -Silêncio, cachorra.

Olhei pra trás e vi um homem com um capuz, eu não sabia quem era e não reconheci a voz de lugar nenhum! Eu estava sendo sequestrada, de novo? Deus, o que eu fiz pra merecer isso novamente?

Fiquei em silêncio como ele pediu, não podia me arriscar mais uma vez. O tal homem me colocou dentro do carro e eu vi seus cabelos loiros, como essa vagabunda conseguiu fugir da cadeira? Ouvi gritos do Justin enquanto ele batia no capô do carro, senti lágrimas caindo sem parar. 

-JULIA ME DEIXA DESCER.
-CALA A BOCA SUA VAGABUNDA.
-JULIA ABRE ESSE CARRO. -Justin disse batendo no capô.

Julia deu uma freada brusca e eu dei um grito alto, observei Justin entrar dentro do seu carro e em seguida Julia começou a dirigir com rapidez. Senti lágrimas caírem sem parar e a todo momento eu olhava pra trás vendo Justin assustado dirigindo atrás do carro. Eu desejei que tudo aquilo fosse um sonho, desejei que tudo aquilo fosse mentira. Eu sabia que algo no final aconteceria. Observei Justin pegar o celular e eu olhei pra frente vendo Julia desviar de tudo que tinha a sua frente. Senti minhas pernas tremerem e eu implorei pra que Julia parasse, o homem me deu um tapa estalado no rosto.

Com rapidez coloquei a cabeça pra fora da janela aberta e me sentei começando a bater no teto do carro gritando ajuda pra quem passava na rua. 

-JUSTIN, ME AJUDA POR FAVOR. 
-TIRA ESSA PUTA DA JANELA, FAZ ALGUMA COISA! ELA SÓ TA CHAMANDO ATENÇÃO.
-VEM AQUI JENNIFER.
-EU QUERO DESCER, ME TIREM DAQUI EU NÃO VOU PRA NENHUM LUGAR COM VOCÊ SUA VAGABUNDA.
-JENNIFER AMOR, CUIDADO! VOCÊ VAI SE MACHUCAR.
-JUSTIN CHAMA A POLICIA, POR FAVOR. -Gritei chorando. 
-TA TUDO BEM AMOR, EU VOU TE AJUDAR! TUDO BEM? EU JÁ CHAMEI A POLICIA.
-JUSTIN, EU TE AMO.
-EU TAMBÉM TE AMO, AMOR. -Ele disse com o rosto lavado de lágrimas.

Nessa altura do campeonato Justin estava com o carro do lado de Julia, o homem que estava a ajudando me puxou com força e eu senti minha costa raspando com força na janela do carro e eu sabia que tinha aberto um buraco ali. 

-SOCORRO!
-CALA A BOCA, VAGABUNDA. VOCÊ ESTÁ ESTRAGANDO TUDO.
-SOCORRO! Julia, por favor você não quer fazer isso. Você sabe que vai se dar mal no final, não faça isso. -Disse chorando.
-CALA A BOCA DA SUA BOCA, JENNIFER! 
-SOCORRO!
-ANDREW, APAGA ELA.

Comecei a gritar e eu senti um pano no meu rosto, aos poucos minha respiração foi parando e eu já não conseguia mais gritar porque estava afogada com as minhas próprias lágrimas e com meus gritos e então a ultima coisa que eu ouvia era os gritos de Justin com a voz embargada pedindo pra Julia que ela não fizesse isso.

E eu só rezei pra Deus que não deixasse nada de ruim acontecer comigo, nem com Justin e muito menos com meus filhos.

Ouvi um grito e eu levantei rapidamente do banco de trás, ainda estava havendo a perseguição só que agora Julia gritava com o cara do lado sem parar. Ouvia gritos e barulhos de sirenes, esse só podia ser meu pior pesadelo. 

-A gente vai ter que descer.
-SE A GENTE DESCER A GENTE MORRE.
-ANDREW, A GENTE DÁ UM JEITO. VAMOS FAZER ELA DE REFÉM. 

O tal Andrew assentiu e foi pro banco de trás, comecei a gritar sentindo minha garganta seca. Era como se os gritos descessem rasgando minha garganta. Senti meu corpo inteiro tremer ao ver o carro parar e Julia descer com uma arma.

-SE ATIRAREM EM MIM ELE VAI MATAR ELA.

Há essa altura os carros estavam todos parados em uma estrada vazia. Andrew me colocou pra fora do carro e apontou a faca pra minha barriga. Senti as lágrimas descerem com mais rapidez e olhei pra Justin que me olhava com os olhos cheios de lágrimas. Justin estava chorando, eu sabia que nada estava bem. Julia gritou o nome de Justin e ele olhou pra ela cheio de esperança.

-Isso é culpa sua, por culpa sua que acabou com a minha vida. Eu só estou me vingando de você, vou fazer você sofrer da mesma forma que sofri quando soube da morte do meu namorado.
-Julia, vamos conversar...
-Eu não quero conversa. -Ela disse e sorriu, com o mesmo sorriso de uma psicopata.- Sabe, eu adoro um drama. -Ela disse e sorriu.- Se aproxime dela Justin, quero que você se despeça dela porque hoje sua mulher não sai daqui viva. 
-Quem me garante que você não vai atirar em mim?
-Blablabla, eu ainda estou te dando uma chance e você quer que eu garanta alguma coisa? Se aproxima dela, ou eu mato ela. Em um... dois... Três... Quatro e...
-TA, EU VOU.

Justin foi se aproximando de mim com cautelosidade. Senti minhas pernas tremerem. Julia me largou e olhou pros policiais que miravam a arma nela. Justin se aproximou de mim e me abraçou com força.

-Vai ficar tudo bem, a gente vai sair dessa. Somos Justin e Jennifer, lembra? Nossa amor supera tudo.
-Justin, eu te amo muito.
-Eu também te amo muito meu amor, eu te amo demais.
-Eu disse que adoro um drama, mas não sou esse tipo de dramática que espera por um final feliz, eu sempre quero que alguém morra no final. E eu sempre torço pra que a mulher morra. -Ela disse e sorriu debochada.

Julia engatilhou o dedo na arma e eu só senti quando Justin se jogou na minha frente. Meu mundo parou quando eu escutei um barulho de tiro, olhei pra Julia que arregalava os olhos e olhei pra Justin que estava encostado no carro, olhei pra sua blusa branca que agora se tornava vermelha por causa do sangue. Senti lágrimas caírem sem parar e agarrei Justin.

-JUSTIN, POR FAVOR RESISTE. ELES VÃO CHAMAR A AMBULÂNCIA.
-Jennifer... -Disse com a voz falha.

Deitei Justin no chão da rua e só observei um monte de policiais atirarem em Julia e o tal Andrew tentar fugir mais ser pego. Olhei pra Justin que me observava com um pequeno sorriso.

-Você é tão linda, eu já te disse isso?
-Justin, por favor... 
-Eu queria ter dito tantas outras coisas pra você... -Ele disse e bufou.
-Caramba, eu te amo tanto! Você é tão maravilhosa... Me desculpe por não ter sido o que você sempre quis.
-Justin, você é o que eu sempre quis. Não diga isso.
-Eu te amo, sabia? Você é tão generosa. Tão educada... Você é a mulher que eu sempre quis. 
-Você também é o homem que eu sempre quis.
-Não chora amor, eu odeio ver você chorando. Você sabe... Eu te amo.
-Não fala muito, Justin. A ambulância está chegando.
-Jennifer, eu te amo muito. -Disse e eu comecei a chorar- Não chora amor.
-Eu não quero te perder.
-Você não vai me perder, eu vou sempre estar com você.
-Sim, você sempre vai estar comigo porque você vai morrer comigo e não aqui nesse chão sujo. Você merece mais Justin.
-Cuida dos nossos filhos, está bem?
-Você não vai morrer.
-Me prometa que cuidará das crianças!
-Eu prometo... -Disse soluçando- Justin, aguenta.
-Não deixe a Liv nem o Math ficar com uma má impressão de mim. Droga, eu não acredito que não vou ver meus gêmeos nascer. Isso é demais pra mim.
-Não diz isso, vai ficar tudo bem. 
-Jenn...
-Sim, Justin?
-Eu te amo, muito.
-Eu também te amo muito, você foi a melhor coisa que me aconteceu.
-Eu não me arrependo de nada do que eu vivi com você. -Disse e fez um carinho no meu rosto- Me beija. 

Me aproximei de Justin e grudei nossos lábios sentindo as lágrimas salgadas se misturarem. Eu não sabia se beijava Justin ou chorava. Isso era tão horrível. Ouvi o barulho da ambulância chegando e sorri.

-Eles chegaram, Justin. Eu disse que ficaria tudo bem. Eu disse meu amor.
-Eu te amei de mil formas, anjo. Errei com você e fui imperfeito. Essa foi a maior prova de amor que eu fiz por você, né? -Disse risonho, assenti chorando- Eu acho que está completa amor, minha cota de provas de amores está completa. Eu vou te amar pra sempre, prometo estar sempre com você. Sempre quando você m quiser por perto eu estarei, não de corpo mas sim de alma. Eu te amo, ok? Te amo muito mesmo. Cuida dos nossos filhos. Eu amo vocês, pra sempre.

Segurei a mão de Justin e me desesperei quando vi seus olhos se fechando. Comecei a gritar por ajuda e observei de longe os paramédicos virem correndo.

-JUSTIN NÃO FAZ ISSO COMIGO, POR FAVOR NÃO ME DEIXA. -Gritei chorando.

Agarrei sua cintura e senti alguém me puxar. Observei o corpo morto de Julia e dei um chute nela com força, não me importando com mais nada. Observei os paramédicos checarem a pulsação de Justin e comecei a gritar quando vi eles olharem um para os outros decepcionados.

-NÃO JUSTIN, NÃO.

Vi um paramédico cobrir o corpo de Justin e me joguei de joelhos no chão chorando sem parar. Isso não podia estar acontecendo. Justin esta morto, Justin se foi pra sempre. Eu e Justin nunca mais vamos ter nossas discussões banais nem mesmo nossos momentos de selvageria, nem mesmo nossos momentos de amor. Justin se foi deixando tanta coisa na ponta da minha linguá que eu queria dizer. Tantas vezes que eu disse pra Justin que ele não era o suficiente pra mim, eu me arrependo de todas elas.

Esse era meu maior pressentimento ruim. 

Deus levou Justin de mim, e eu nunca mais teria a chance de tocar seus lábios e nem ver seus olhos brilhando de amor olhando pra mim. Eu nunca mais teria a oportunidade de ouvir ele dizendo que me ama. Eu nunca mais poderia agradecer pela droga do nosso amor


...

Continua


GENTE ESSE É O PENÚLTIMO CAPITULO </33333

ENFIM, EU CHOREI MUITO ESCREVENDO ESSE CAPITULO E SEI QUE MUITA GENTE CHOROU LENDO. NÃO É O ULTIO CAPITULO, OK? É O PENÚLTIMO. AINDA TEM COISA PRA ROLAR, É POUCA MAS TEM! EU SEI QUE VCS TA ME ODIANDO MAS É A VIDA :(

AMO VOCÊS BEBES, ATÉ O PRÓXIMO.

FAVORITEM SOBREVIVENTES QUE SERÁ MINHA PRÓXIMA FANFIC

Sobreviventes:

Ela só andava de preto e todos queriam saber a vida dela, ela demonstrava ser uma garota fria e eu queria me aproximar dela... queria poder saber sobre sua vida, mas acho que fui longe demais. Ela é fria e não esta nem ai para meus sentimentos. Embora eu sempre tenha tentado ajuda-lá ela era sempre muito ignorante comigo, ela machucava meus sentimentos apenas com palavras e ela gostava disso, ela gostava de me ver sofrendo. Eu queria construir a sua vida mas quando eu percebi que estava apaixonado por ela, foi ela quem destruiu a minha, mas no fim eu sabia que ela precisava de alguém que concertasse seu coração quebrado.


MEU NOVO NUMERO- Participem do grupo: 011 977481970
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Beijos!!!